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Sobre a expulsão do maestro em Castanheira de Pera

Há uns anos, o Grande Oriente Lusitano, instituição muito respeitável e que muito prezo que finalizou recentemente o seu 15º Congresso, teve um enorme problema porque um dos seus membros, massagista do Naval 1º de Maio, resolveu trocar de “membro”, ou no mínimo abdicar do dito membro! Sendo o GOL uma obediência exclusivamente masculina, a situação não foi fácil de resolver.

Como tudo na vida existem dogmas, landmarks, princípios básicos de uma instituição, de uma religião, de uma organização política e ou discreta! E ninguém nos obriga a sermos católicos, ou a pertencermos ao um partido político ou a organizações discretas, ou a um clube de futebol! Há uma quantidade de coisas na vida que são opcionais, não são obrigatórias, e se aderimos a essas causas ou organizações, no mínimo que temos que exigir a nós próprios é que concordemos com os seus pilares, e no dia em que deixarmos de concordar com esses princípios basilares, o melhor é sairmos.

Como sabem, eu não entendo muito de religião, e sempre fui apoiante da liberdade do direito ao divórcio sem qualquer condição prévia, também votei favoravelmente em relação ao actual regime da interrupção voluntária da gravidez, e estou de acordo com a união de facto e com o casamento gay, e com adopção de crianças por parte de pessoas independentemente da sua orientação sexual.. e também sei uma coisa: por muito que eu saiba de música, nunca serei um bom maestro de um coro católico!

Factualmente ninguém é obrigado a ser católico, e se eventualmente se pode mudar o sistema por dentro, existem limites, os mesmo limites que impedem a Zita Seabra de continuar a pertencer ao PCP, ou de Pedro Passos Coelho de concorrer à liderança do Partido Socialista, ou do Bispo Tadeu da Igreja Maná pedir equivalências para se transformar num bispo católico, ou de Bruno de Carvalho concorrer à presidência do SLB para cumprir a promessa de um dia ser campeão.

O que estamos a falar aqui não é assim de rejeição mas sim de desperdício. Eu acho que a Igreja católica ao desprezar tanta gente boa com coisas menores, está a desperdiçar um capital de sinergias que a  podiam fazer mais tolerante, mais de todos nós.

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