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Sem-abrigo português que vivia em Santo Antão foi repatriado pelas autoridades

O cidadão português que estava a viver há meses sem abrigo em Porto Novo, ilha cabo-verdiana de Santo Antão, e com frágil estado de saúde, viajou sexta-feira para Portugal, disse fonte oficial à agência Lusa.

A informação foi avançada pelo cônsul de Portugal na Cidade da Praia, João Ricardo Mendes, indicando que o cidadão, de 44 anos, que tinha mobilizado as autoridades portuguesas e cabo-verdianas, viajou hoje à tarde para Lisboa, de onde é natural.

O homem, que alegadamente sofre de problemas psiquiátricos, chegou à ilha de Santo Antão com um visto de turista, mas à procura de trabalho na construção civil.

O cidadão português estava a viver numa pensão paga pela Câmara Municipal de Porto Novo e tinha uma refeição assegurada no Centro de Dia, depois de ter passado semanas a dormir na rua e de ter mesmo chegado a procurar comida em caixotes de lixo, segundo relatos de alguns populares de Porto Novo.

O cidadão foi entretanto encaminhado para os serviços sociais da autarquia do Porto Novo que lhe tinham assegurado a alimentação e alojamento até agora, num caso que chocou a população local.

João Ricardo Mendes destacou à Lusa a “excelente colaboração” das autoridades portuguesas e cabo-verdianas, em particular da Embaixada de Portugal em Cabo Verde, através do Consulado no Mindelo, ilha de São Vicente, a Câmara Municipal e Delegacia de Saúde do Porto Novo, o Hospital Baptista de Sousa, em São Vicente, e a Polícia Nacional (PN) de Cabo Verde.

O cônsul entende que “ninguém” está livre de poder ir para outro país e ter uma situação clínica frágil, mas salienta que o importante é as autoridades terem um “relação excelente” e “espírito de missão” para resolverem a situação.

Em Portugal, prosseguiu João Ricardo Mendes, o cidadão, que já estava em Cabo Verde em situação ilegal, terá cuidados médicos psiquiátricos que não estão disponíveis em Santo Antão.

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