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Refugiados sírios ajudam em centro social na Nazaré

A Confraria de Nossa Senhora da Nazaré acolhe atualmente três famílias de refugiados, cuja integração também está a passar pelo contacto e o serviço aos utentes do centro comunitário local.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o presidente daquela instituição, que integra a Plataforma de Apoio aos Refugiados, realçou esta estratégia como forma de facilitar a adaptação destas famílias a uma nova realidade.

“A todo o momento, a aposta forte é na autonomia da própria família. Não basta colocá-las numa casa, dar-lhes um orçamento, nós estamos também a acompanhar este processo evolutivo de modo a que as famílias se sintam apoiadas”, salientou Nuno Batalha.

A família Kabouk, vinda de Damasco, na Síria, foi a que chegou há menos tempo a Portugal, sendo composta pelo pai, Jassem haj Jassem, a mãe, Amira, e dois filhos, Hajar e Nour.

Amira e Jassem “fazem questão” de ajudar no trabalho do centro para poderem agradecer e retribuir a quem os acolheu, depois do sofrimento que viveram na sua terra natal, devido à guerra civil que rebentou na Síria em 2011.

“Temos a facilidade de poder, dentro das atividades que existem, de integrá-los em pequenos trabalhos, em ações pontuais. Temos aqui um refeitório social onde uma das famílias faz questão de ajudar, enquanto voluntária”, explica Lígia Pires Coelho, animadora sociocultural do Centro Social da Nazaré.

A colaboração dos refugiados estende-se também a outras atividades, como o apoio a um “atelier de ginástica para idosos” e na “distribuição do lanche aos idosos”.

Lígia Pires Coelho é também responsável pelo ensino do português aos refugiados que foram acolhidos pela Confraria de Nossa Senhora da Nazaré.

Segundo aquela responsável, no início a comunicação começou por limitar-se a “gestos” mas a pouco e pouco, as primeiras palavras em português foram surgindo, também com o contributo das crianças, que são as primeiras a quebrar a barreira da língua.

“As ferramentas iniciais foram-lhes dadas, estão a ser dadas ainda, e sobretudo é preciso que também deles haja motivação para a aprendizagem. Todos eles estão com esse espírito, para fazer face às dificuldades que todos os dias se apresentam”, completou.

Depois de tratado o acolhimento inicial, a integração na comunidade e todas as questões legais relacionadas com a residência em Portugal, é tempo para avançar para a parte da habitação e do emprego.

Uma das famílias, que já chegou há mais tempo, já tem casa própria, enquanto as outras duas ainda estão nesta fase a ser acompanhadas através do Centro Comunitário da Nazaré.

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