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Portugal vence e convence frente à Polónia

Portugal venceu a Polónia por 3-2 e deu um grande passo para atingir as meias-finais da Liga das Nações de futebol num jogo em que até começou a perder, mas partiu, depois, para uma grande exibição.

A jogar em casa, a Polónia saiu na frente, com um golo de Piatek (18 minutos), mas André Silva empatou aos 31 e um autogolo de Glik colocou os portugueses em vantagem (42), que Bernardo Silva ampliou a abrir o segundo tempo (52).

Blaszczykowski ainda reduziu aos 77, num lance muito discutido pelos jogadores nacionais (a bola saiu pela lateral), mas Portugal, que podia ter dilatado o marcador, conseguiu segurar o importante triunfo, que lhe dá grande vantagem no grupo.

Numa fase de qualificação de apenas quatro jogos, a equipa orientada por Fernando Santos tem agora seis pontos, em duas partidas, mais cinco que Polónia e Itália, pelo que se estas duas seleções empatarem no domingo, Portugal até pode perder os últimos dois encontros.

Com o futebol ‘rendilhado’ de William Carvalho, Pizzi e Bernardo Silva e com um ‘6′ com a inteligência e a capacidade de passe de Ruben Neves, Portugal ganha uma dimensão que há pouco tempo não tinha.

André Silva continua a mostrar capacidade goleadora invulgar (14 golos, em 29 internacionalizações) e, de certa forma, a fazer com que os portugueses não se lembrem muito que de fora ficou só o melhor marcador de sempre de Portugal e um dos melhores do mundo, Cristiano Ronaldo.

Rafa foi a novidade em Portugal em virtude da baixa de última hora de Bruma, com um problema intestinal, e o extremo do Benfica, que foi titular pela primeira vez num jogo oficial da seleção nacional, foi decisivo no segundo golo, apesar deste ‘pertencer’ ao polaco Glik.

Portugal até nem entrou mal na partida, conseguindo pôr em alerta o último reduto adversário, sobretudo o lado esquerdo da sua defesa muito pela ação do ‘velocista’ João Cancelo, mas a Polónia marcou primeiro, por Piatek, atual melhor marcador do campeonato italiano pelo Génova, que, à segunda internacionalização, fez, de cabeça, o seu primeiro golo pela seleção, depois de um canto da direita (18 minutos).

Rui Patrício saiu em falso e ficou a queixar-se de falta de Lewandowski, pedido que o árbitro espanhol Carlos del Cerro não atendeu.

A turma de Fernando Santos ia lentamente ganhando terreno e a qualidade – e simplicidade de processos – dos portugueses veio ao de cima à passagem do minuto 31, com mais uma jogada pelo lado direito: João Cancelo lançou Pizzi que cruzou de pronto para o desvio fatal do avançado do Sevilha.

Portugal dominava agora o jogo e criou perigo em duas situações, primeiro por Pizzi (33 minutos) e depois por Rafa (35), mas em ambas as vezes Fabianski mostrou segurança.

Pouco antes do intervalo, Portugal materializou essa superioridade com o segundo golo.

Rúben Neves viu Rafa desmarcar-se entre os centrais polacos e, a mais de 30 metros, colocou a bola nos pés do extremo, que ladeou o guarda-redes apenas com a receção, mas foi Glick, a tentar o corte, que introduziu a bola na própria baliza.

Portugal chegou ao terceiro golo na sequência de uma grande jogada coletiva, culminada por Bernardo Silva que foi fletindo no terreno, da direita para o meio, até rematar colocado e tornar infrutífera a estirada de Fabianski (52 minutos).

O selecionador polaco, Jerzy Brzeczek, já tinha apostado em Kezdiora após o intervalo e, aos 64 minutos, esgotou as substituições, com as entradas de Grosikci e Blaszczykowski, que fez o segundo golo, num grande remate de primeira (77 minutos).

Fernando Santos refrescou primeiro o meio-campo, com Renato Sanches (saiu Pizzi), e depois reforçou-o, com Danilo (Rafa).

Aos 84 minutos, Renato Sanches fez tudo bem, mas Kedziora, em cima da linha de baliza, impediu o golo ao médio que, aos 90, rematou para grande defesa de Fabianski.

Poucos segundos depois de ter entrado, foi Bruno Fernandes a desperdiçar soberana oportunidade para ‘matar’ em definitivo a partida, após assistência de André Silva (90+2).

Portugal alinhou da seguinte maneira:  Rui Patrício, João Cancelo, Pepe, Rúben Dias, Mário Rui, Rúben Neves, William Carvalho, Pizzi (Renato Sanches, 75), Rafa (Danilo, 85), Bernardo Silva (Bruno Fernandes, 90+1) e André Silva.

O próximo jogo de Portugal nesta prova é a 17 de novembro, em Itália, no Estádio de San Siro, em Milão, recebendo três dias depois, em Guimarães, a Polónia, seleção que recebe já no domingo a equipa transalpina. Se der empate, Portugal está nas ‘meias’.

Veja o momento de inspiração de Bernardo Silva aqui:

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