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Golpe final

Passo lento, andar meio desnorteado, meio esmagado…
Cabelo amarrado, olhar apagado…
E o sorriso, esse, fugiu…
Velas que se apagam na espera triste de um nada, de um vazio medonho que se entranha em mim a cada noite que passa…

Já não sei a quantas ando,
eu já nem sei bem por onde ando, para onde estes pés me levam…
Perdida no tempo
e pelo mundo fora,
perdida por fora,
mas principalmente por dentro…
Com o coração cheio,
cheio de mágoas, das mais antigas, mas principalmente das recentes que me atormentam a alma…

Alma atormentada, apunhalada
e perfurada por golpes
e mais golpes, profundos, sangrentos,…
Uma hemorragia interna
que não pára!
Peço ao mar, a esse majestoso
que me leve…
Peço ao superior que perdoe
o meu pedido cobarde…
Que me leve o corpo, já que a alma, essa quase morta
nada quer se não morrer…

Levanto me, perco me por aí…
Caio, e fora do meu corpo,
olho pra mim…e choro,
choro desesperadamente,
olho pra mim,
sou um farrapo deitado no chão…

A causa?
São tantas!
Mas a pior, foi o golpe final,
golpe fatal, inesperadamente fatal…
Mortífero!

Corpo presente, alma morta…
Corpo que mente quando diz
que sente, e afinal, nada sente…
Alma morta, coração que bate,
bate lentamente,
bate tristemente…acelera,
e a raiva toma conta dele…
Já nada o alegra,
já nada o desperta…
Nada o segura…
Ando perdida,
e ele,
o tal,
foi quem me fez perder…
perdida por ele, perdida em mim…

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