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Denúncia: violou o contrato

Eu poderia começar de muitas maneiras. Mas é verdade que sim. Podia. Não porque fica bem no escopo.

Desde logo por dizer que é uma grande infelicidade andar o mundo todo à volta do que é individual, pelo que tenha de censura e de passional. É íntimo, privado. É passional. Mai’nada.

– A senhora denunciou um contrato: Se o fez e se o contrato até acautelava isso, violou, duplamente, o contrato.

Ponto. Termina tudo aqui.

Se alguém fez o que quer que fosse num quarto ou numa banheira – aqui a banheira denuncia o ambiente, o charme, os valores pecuniários -, assim o caso muda de figura. Se envolvesse pessoas vulgares não preocupava feministas ou deslumbrados pelo sucesso alheio, com isto na cabeça e a pender mais ou menos apaixonadamente para um ou outro lado, sendo que se uma das partes é delituosa, a outra não tem que ser acusada além do que vai na alcova.

Depois: o cavalheiro não pode ser responsabilizado por nada, além do moral, obviamente. Mas só assim, porque saltou fora da esfera privada.

Além de tudo ter tomado a dimensão que tomou – tudo reside aqui, porque casos iguais à “acusação” acontecem a todo o momento e activistas não se vêm manifestar – o elemento activo e, ou, menos activo ou passivo, procede mesmo assim, são as regras do jogo (do amor), esteja-se neste ou naquele contexto, neste ou naquele ambiente. Seja porque uma estava a angariar clientes para a diversão, seja porque um se terá excedido nas regras dos (des)amores. O clima – o ambiente – o quarto, a cama, seja lá o que for – potenciam tudo isso. Nem vem ao caso quem foi atraído, quem foi excessivo.

Tudo o que conta é o acto em si, individual, proporcional a cada um. Se um tem muito dinheiro para mercar “amores” e filhos, se uma é atraente e está num contexto de atrair – não atracção – de seduzir, cada um responde por si. Cada um falhou, cada um se excedeu. A senhora porque vendia sedução (sexo), o senhor porque tem muito dinheiro. Poderia fazer tudo; para a senhora poderia ter ido além do que pretendia. Um é marialva, outra esmera-se na arte de lupanar.

Se os intervenientes não vivessem noutra esfera, não teria havido crime.
Se uma ficou traumatizada, não seria ao fim de nove anos que se lembraria ou viria clamar dinheiros e desenvolver uma revolução mundial que – agora sim, a pode traumatizar e perigar – não seria agora que alcançava tranquilidade. Ter tornado o caso publico, com tantas paixões, amores e desamores que o indivíduo masculino concita, condiciona-lhe todos os movimentos. Não haverá aqui inocência – mas mão terceira.

No mundo de negócios que envolvem o jogador, – além de que todas as marcas já estão a fazer publicidade de borla, de dimensões que nem o mais refinado marketing atingiria – não vejo para além disso. Nada há que numa alcova possa acontecer de mais ou de menos agradável para outro. Fica ao nível desempenho de cada um e o amor continua – repete-se – ou fraqueja.

Agora, se ele tem dinheiro, ela: Ah! Vou lixá-lo. Alego que estou traumatizada e peço uns cobres (uns oiros) e a coisa segue doce, docemente.
Depois, ela é mulher, eu tenho dinheiro, posso fazer tudo. Até compro sexo e filhos.
Não. Ela é mulher. O que sucedeu foi um acto de amor e ou desamor- P®onto.

Se fosse com qualquer um de nós: é um T S, violou, fez e aconteceu. Crucifiquemo-lo.
Outros diriam: É homem. Fez o que pôde. É macho, é herói.

Mas seguramente não dividiria tanto a opinião.

Leitor! Faça de conta que não emiti opinião, porque não queria trazer mais ao rol.

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)

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