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Rui Oliveira garante que o bronze no Europeu de pista sabe a ouro

O ciclista português Rui Oliveira confessou esta sexta-feira que o bronze conquistado na disciplina de eliminação no Campeonato da Europa de Pista de elite sabe a ouro, depois de dois meses “psicológica e fisicamente” complicados.

“É fantástico. Nunca pensei, ao vir para aqui, conseguir uma medalha. Não andava muito motivado, psicológica e fisicamente não estava bem, até estava em dúvida em vir [aos Europeus] há dois meses, mas tive sempre o apoio da seleção e da minha família, que me ajudaram a ultrapassar isso. Os meus companheiros, que treinam todos os dias comigo lá na pista [do Velódromo de Sangalhos], deram-me motivação. Só com muita é que consegui isto”, reconheceu à agência Lusa o ‘responsável’ pela primeira medalha da história do ciclismo português de pista nos Europeus de elite.

Ao telefone, desde Berlim, onde está a decorrer o Campeonato da Europa de Pista de elite, Rui Oliveira assumiu que as inoportunas lesões que sofreu nas últimas duas temporadas o ‘derrubaram’ animicamente.

“Já no ano passado estive a época toda parado, por ter partido uma perna, e este ano já tive múltiplas fraturas, que me ‘pararam’ quando eu estava bem. Nunca conseguia demonstrar o que valia. Não estava nas melhores condições aqui, mas as coisas saíram bem”, destacou, revelando que, mesmo não estando no seu melhor, sentiu-se bem.

Por ter alcançado o bronze – o ouro foi para o belga Gerben Thijssen e a prata para o russo Maksim Piskunov – sem estar “em condições perfeitas”, o vigente campeão europeu de eliminação da categoria de sub-23 acredita que talvez, numa próxima edição, consiga melhorar o resultado de hoje.

“Mas isto vale como um ouro para mim”, asseverou o gaiense de 21 anos, contando que, quando viu confirmado o seu terceiro lugar, “muita coisa” lhe passou pela cabeça, sobretudo a sensação de trabalho recompensado.

O jovem da equipa norte-americana Axeon Hagens Berman, um ‘viveiro’ de talentos do ciclismo de estrada, disse ainda que, quando iniciou na corrida, a medalha não era algo que lhe estivesse no pensamento.

“À medida que a corrida foi avançando, eu sabia que estava bem, estava a sentir-me muito bem, a respirar, de pernas. Quando já só estavam seis ou sete atletas, vi que era possível e, então, utilizei a tática que usei no Europeu de sub-23, que era quando já só faltassem três ou quatro elementos, tentar atacar e fazer a diferença e garantir aí que trazia a medalha. Por acaso, saiu perfeitamente. Poderia ter saído melhor, se os outros dois não tivessem vindo, mas já foi muito bom”, concluiu.

 

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