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Volt: comunidades portuguesas subjugadas ao esquecimento

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Cármen Sonnberger, cabeça de lista do Volt pelo Círculo da Europa, insistiu, no debate que o BOM DIA organizou com os partidos que concorrem às legislativas de março, no quão difícil é ser português na Europa e explicou como isso pode mudar.

A cabeça de lista do Volt pela Europa começa por explicar que faz parte de um partido de presente e de futuro, com propostas para incluir Portugal no centro da Europa e no mercado europeu. Refere ainda que são um partido “ecologista, liberal e social”, que se debruça sobre a crise climática, ao contrário de muitas outras políticas.

Enquanto partido, a candidata a deputada explicou que o Volt “defende a iniciativa privada e o individualismo, para criar competitividade, atrair empresas e profissionais com experiência para Portugal, dando aos jovens a opção de se querem lá ficar ou não”. Reforçou ainda que apesar de o partido não estar representado na Assembleia da República, está em mais de 31 países na Europa, com dois eurodeputados e mais de 150 deputados eleitos.

No caso de ser eleita pela emigração europeia, Cármen Sonnberger, propõe um alargamento da língua portuguesa, presencial ou online, com inscrição tendencialmente gratuita. Esta medida é consequência do partido identificar que a língua portuguesa é muitas vezes “perdida no que toca às gerações seguintes e nas dificuldades que muitos portugueses sentem quando regressam a Portugal”. Ainda no âmbito da língua portuguesa a candidata expressou-se contra a propina do ensino de português no estrangeiro.

O Volt quer a criação de um “hub” profissional em Portugal dedicado à diáspora, visando “juntar as experiências e ligações económicas dos emigrantes, mas também assegurar e incentivar o intercâmbio cultural”.

No que diz respeito à reforma da lei eleitoral, Cármen Sonnberger realça quão difícil e burocrático é o voto, o que leva os eleitores estrangeiros a não participarem ativamente na democracia e consequentemente aos números “vergonhosos” de 88% de abstenção. Para reverter esta situação, o partido propõe a introdução do voto eletrónico.

O Volt defende que há necessidade de ter mais consulados, melhorar os existentes, para serem mais eficazes e conseguirem responder aos pedidos da comunidade portuguesa. No entanto, perante a insuficiência de serviços consulares, o partido não aceita que empresas privadas sejam facilitadores de alguns desses serviços. “Nós todos sabemos o quão difícil é sermos portugueses na Europa […], as comunidades portuguesas são subjugadas a um esquecimento crónico por parte dos seus governantes e já sabemos que o PS e PSD não apresentam soluções há décadas”, começou por referir Cármen Sonnberger durante o tempo de apelo ao voto.

A cabeça de lista do Volt pelo Círculo da Europa também direcionou o seu discurso para a precariedade a que os jovens portugueses foram subjugados, referindo que em Portugal a faixa etária de um jovem é entre os 18 e 39 anos, no entanto, no país onde vive a faixa termina nos 27 anos. Acrescentou ainda que os jovens em portugueses saem de casa dos pais aos 34 anos na média e isto é o que partido quer mudar, “dando aos portugueses novas formas de representação e possibilidade de fugir ao voto útil”.

Para terminar, a cabeça de lista do Volt pelo Círculo da Europa sublinhou que o partido se preocupa com a democracia e os direitos da diáspora portuguesa, destacando que foi o recurso do Volt, aprovado no tribunal constitucional nas últimas legislativas, que levou ao aproveitamento do voto das comunidades portuguesas.

Cármen Sonnberger falava num de dois debates que o BOM DIA organizou e para os quais convidou os cabeças de lista pelo Círculo da Europa. 

Veja aqui o debate com CDU, RIR, ADN, Nós Cidadãos, AD, Bloco e Iniciativa Liberal:

Veja aqui o debate com Ergue-te, PS, Chega, Nova Direita, Volt e Livre (MPT.A, JPP, PCTP/MRPP e PAN foram convidados mas não participaram):

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