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Venezuela: “conselho social é boa ideia mas é preciso dinheiro”, diz conselheiro

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O conselheiro das comunidades portuguesas na Venezuela Fernando Campos apelou ao Governo português que disponibilize recursos económicos para que membros do recém-criado Conselho Social possam deslocar-se para apoiar os conterrâneos, num país que tem “uma dimensão continental”.

“Não podemos esquecer que os recursos económicos são sempre importantes. Uma das dificuldades que nós tivemos no Conselho das Comunidades, num país tão grande como é Venezuela, com distâncias de mais de mil quilómetros dentro da área consular, é impossível que nós, com recursos próprios, possamos chegar a atender toda a comunidade portuguesa”, disse.

Fernando Campos Topa falava à agência Lusa no Centro Marítimo da Venezuela (15 quilómetros a leste de Caracas) no âmbito de uma jornada de apoio social a portugueses carenciados.

Segundo Fernando Campos, o Conselho Social “terá a mesma dificuldade” para funcionar que teve o Conselho das Comunidades Portuguesas.

“Com certeza que o (novo) adido social, a embaixada e o Consulado têm recursos para isso, mas as pessoas que formam o Conselho (Social) terão que dispor de recursos próprios (…) isso não deve funcionar assim, é preciso pensar que necessitamos dos recursos económicos para poder fazer o trabalho, porque mobilizar-se na Venezuela é muito complicado e é muito caro neste momento”, disse.

Integrante do Conselho Social, Fernando Campos sublinhou que “já manifestou” essa necessidade ao secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo.

“E, muitas vezes não há gasolina, não há luz, não há água, e hoje em dia essas coisas já custam muito”, frisou.

Por outro lado, explicou que “é o primeiro (Conselho Social, CS) no mundo e quando for necessário replicá-lo para outros países, já haverá alguma experiência”.

“É importante, agora, dividir as tarefas. Dentro da parte social há muitas áreas que cobrir, pessoas mais necessitadas, menos necessitadas, a parte de segurança, dos medicamentos e da atenção médica. Então temos de dividir-nos em grupos de trabalho para que isso seja realmente efetivo”, disse.

Fernando Campos congratulou-se ainda com a recente entrada de um novo adido social para a Venezuela, por ser “fundamental” e porque “vai ser a pessoa que vai articular todo esse Conselho”.

Em 01 de setembro último, durante uma visita de sete dias à Venezuela, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, instalou o Conselho Social para aquele país, iniciativa que procura facilitar a resposta de Lisboa na atenção à comunidade e que espera seja replicada noutros países.

Segundo Paulo Cafôfo, o Conselho Social “vai ter uma missão de reforçar apoios, mas também de agilizar esses apoios, identificando necessidades, propondo medidas e implementando também no terreno ações que venham a ser decididas”.

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