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Smart cities em risco

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O novo relatório da Vodafone revela que serão necessárias medidas políticas urgentes, incluindo financiamento adequado, a criação de task-forces para as smart cities e a disponibilidade de conectividade de alta qualidade, para superar barreiras e garantir que a Comissão Europeia alcance a missão de ter, até 2030, 100 cidades inteligentes e neutras em carbono.

Um estudo abrangente realizado em dez países europeus, encomendado pela Vodafone e conduzido pela Opinion Matters, intitulado “Fit for the Future Cities: How technology can accelerate sustainable change”, inquiriu 550 especialistas em cidades, com responsabilidades na área tecnológica e na inovação, para identificar taxas de adoção, oportunidades e obstáculos em matéria de smart cities.

Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que 66% dos inquiridos em Portugal disseram que o País já iniciou a sua jornada de transformação digital para as smart cities, 80% considera que as autoridades locais valorizam as soluções de smart cities. Além disso, sete em cada dez cidades europeias inquiridas preveem investir em soluções inteligentes no futuro, com mais de metade (52%) a planear gastar entre 2 e 10 milhões de euros durante os próximos três anos.

Em comunicado a Vodafone sublinha que “embora os planos para smart cities nos dez países estejam em diferentes fases de implementação, os especialistas destacaram a existência de uma fragmentação de responsabilidades subjacente”.

Acrescenta ainda que “para superar obstáculos é normalmente necessária a intervenção em diferentes níveis geográficos, a que se junta o desafio de uma coordenação multiorganizacional complexa entre entidades municipais, governos e organismos intergovernamentais como a União Europeia”.

Vinod Kumar, CEO da Vodafone Business, afirma que “a Vodafone faz parcerias com entidades municipais em toda a UE, onde as suas soluções já estão a ser utilizadas, incluindo a medição inteligente para monitorizar o consumo de energia e SIMs para ajudar os motoristas de transporte público a reduzir os custos de combustível e a reduzir as emissões, alterando a forma como conduzem. Agora, mais do que nunca, com as atuais crises de energia e de custo de vida, os órgãos governamentais e os responsáveis pela formulação de políticas não devem esperar pelo “momento ideal” ou pela “solução perfeita”. Devem iniciar já hoje a sua jornada de digitalização, mesmo que isso signifique começar com pequenos passos. Agora é o momento e a Vodafone está pronta para ajudar os governos e a sociedade a enfrentarem esses desafios no imediato, no médio e no longo prazo”.

Os especialistas identificaram que as principais barreiras à implementação de smart cities são a falta de fundos, a legislação, a necessidade de existir infraestrutura adequada, preocupações com privacidade e segurança, complexidade dos procedimentos de aquisição, falta de estratégia e competências digitais.

Posto isto, apontam também quatro ações específicas, nomeadamente, assegurar a disponibilização de financiamento adequado, através de investimento público e privado, e garantir que as cidades estão cientes do apoio disponível, com orientações claras sobre o acesso a esses meios; desenvolver projetos de smart cities, incentivando a criação de task forces para esta temática, onde as equipas devem dar a conhecer as melhores práticas, por exemplo, sobre a forma de partilhar informação e desenvolver mecanismos para medir a eficácia e o impacto das soluções de smart cities; melhorar a literacia e as competências digitais tanto de quem está a selecionar e a implementar soluções de smart cities, como dos cidadãos que usarão os serviços disponibilizados por essas soluções; tornar disponível e acessível a todos a conectividade de alta qualidade, catalisador para o desenvolvimento bem-sucedido das smart cities.

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