Santacruzenses povo humilde e serrano
Minha Vila de letras e fonemas
Santa Cruz da Trapa povo lusitano
Minha terra natal, meu universo de poemas.
Onde cada poema há-de ser um grito
Um parto, um gemido e uma perdição
Calvário sala de visitas, meu infinito
Paraíso, minha alegria, minha inspiração.
E dizem que sou, e até dizem que posso
Escrever em pedras em motes atijolados
Eu quero é escrever, no papel ou num osso
Até ao êxtase por que é bom e produz estalos.
Sei por que escrevo, o que transmito e faço
Para vos respeitar, não preciso esticar o pescoço
Este poema permanecerá e não o desfaço
Em Santa Cruz a poesia irá galgar qualquer fosso!
José Valgode
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