Portugal tem de vencer Polónia para se manter no Rugby Europe Champioship
Portugal tem de vencer a Polónia no sábado para manter hipóteses de qualificação para as meias-finais do Rugby Europe Champioship 2024 (REC24), mas a derrota na primeira jornada não muda esse objetivo, assumiu o treinador, João Mirra.
“Não muda nada e não vai reformular os nossos objetivos. Temos de ganhar o próximo jogo e, depois, no sábado à noite, pensaremos no próximo. Mas não muda em nada as nossas ambições em termos de chegar aos quatro primeiros lugares”, assegurou o técnico à agência Lusa.
Portugal foi surpreendido na Bélgica, por 10-6, no primeiro encontro do Grupo B, resultado que provocou uma queda de três lugares no rankin’ mundial, para a 16.ª posição e, acima de tudo, complicou as contas do apuramento para as meias-finais.
A seleção portuguesa precisa agora de vencer os próximos dois encontros, com os polacos, no sábado, em Lisboa, e com a Roménia, em 17 de fevereiro, em Bucareste, adversários que se defrontaram na primeira ronda, com a Roménia a vencer fora, por 20-8, mas sem conseguir somar o ponto de bónus defensivo.
“Isso diz-nos que [no sábado] vamos encontrar uma equipa com as mesmas características [que a Bélgica], muito assente na questão física e na luta. E, se cometermos os mesmos erros, vamos passar por dificuldades. É um bom teste à nossa capacidade de reação”, advertiu o treinador da equipa técnica liderada pelo consultor da World Rugby Daniel Hourcade.
Na ‘ressaca’ do desaire em Mons, Mirra reconheceu que houve “muita matéria para trabalhar e corrigir” ao longo desta semana, com um grupo que não inclui alguns dos jogadores que estiveram em maior destaque no último Campeonato do Mundo.
São os casos de Raffaele Storti, autor de 20 ensaios em 16 encontros disputados nesta época, três dos quais nos quatro jogos de Portugal no França2023, mas também de Rodrigo Marta, Simão Bento ou Nicolas Martins, jogadores que se têm destacado esta época na Pro D2 (segundo escalão profissional francês).
“Não se trata de arriscar. O grupo não é constituído por apenas 23 jogadores, é muito mais alargado, e vemos estas ausências como uma oportunidade para outros jogadores que têm trabalhado bem se afirmarem”, desvalorizou o técnico.
Segundo Mirra, “já houve outros jogadores que passaram por este processo no passado” e “aproveitaram a ausência de outros para se mostrarem”.
“Há jogadores que, hoje em dia, damos como seguros na equipa inicial, mas que não apareceram na seleção como titulares absolutos. Também passaram por este processo. É uma oportunidade para outros competirem dentro da equipa, competirem por Portugal e mostrarem que são opções”, indicou o treinador à agência Lusa.
A seleção portuguesa de râguebi recebe a Polónia no sábado, em partida da segunda jornada do Grupo B do REC24 com início previsto para as 19:00, no Estádio Nacional, em Oeiras, e arbitragem do suíço Ethan Glass.
Após a derrota na Bélgica, na primeira jornada, Portugal segue em terceiro lugar no Grupo B com um ponto, atrás de Roménia e Bélgica, ambas com quatro.
Os dois primeiros classificados dos Grupos A e B qualificam-se para as meias-finais, que se disputam, a uma mão, em casa do vencedor de cada grupo contra o segundo classificado da ‘poule’ oposta.
O Rugby Europe Championship é o principal torneio europeu de seleções, com exceção do torneio das Seis Nações, que é uma competição privada.
O antigo torneio das ‘Seis Nações B’, disputado por oito seleções desde 2023, disputa-se anualmente e é considerado o Campeonato da Europa da modalidade.
Portugal venceu o torneio em 2004 e sagrou-se vice-campeão no ano passado, após perder a final, em Badajoz, frente à Geórgia (38-11), seleção que domina o historial da competição com 15 títulos em 21 edições.