O Papa assinalou, domingo, no Vaticano, o início do tempo do Advento, os quatro domingos do calendário católico que servem como preparação para o Natal, desafiando a oferecer tempo e atenção, “especialmente aos mais necessitados”.
“Eis um belo programa para o Advento: encontrar Jesus que vem em cada irmão e irmã que precisa de nós e partilhar com eles o que pudermos: escuta, tempo, ajuda concreta”, referiu, numa intervenção lida antes da recitação do ângelus.
À imagem do que aconteceu no dia 26 de novembro, Francisco presidiu à oração dominical desde a Casa de Santa Marta, onde reside, “para não se expor a mudanças bruscas de temperatura”, explicou o Vaticano.
“Hoje também não vou poder ler tudo, estou a melhorar, mas a voz ainda não consegue”, disse o Papa, sentado ao lado de monsenhor Paolo Luca Braida, de Secretaria de Estado do Vaticano.
A reflexão centrou-se na virtude da “vigilância”, que distinguiu do “medo de um castigo iminente”.
“De modo especial durante estas semanas, preparemos cuidadosamente a casa do coração, para que ela esteja organizada e acolhedora. A vigilância, de facto, significa manter o coração preparado”, indicou o Papa.
“Cultivemos a sua espera sem nos distrairmos com tantas coisas inúteis e sem reclamar o tempo todo, mas mantendo o nosso coração alerta, ou seja, ansioso por Ele, desperto e pronto, impaciente para encontrá-lo”, concluiu o papa.