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Papa pede mundo mais fraterno e sem desperdícios

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O Papa defendeu, num texto, um mundo mais fraterno e sem “desperdício”, para que todos tenham o necessário para viver com dignidade.

“Desejo que este encontro nos permita sonhar juntos com a amizade social, com a dignidade dos nossos povos e com um mundo sem desperdício, no qual não faltem a terra, o teto, o pão nem o trabalho”, escreve, no prólogo do livro ‘Diálogos Fraternos’, elaborado pelo secretário de Culto do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Argentina.

Na obra, que é lançada esta quinta-feira, Francisco convida a “trabalhar por um mundo em que a fraternidade se expresse, não apenas em palavras cheias de significado e valor, mas também e sobretudo na forma de tecer e forjar a história”.

O Papa considera que o livro, com o contributo de mais de uma dezena de personalidades, é um apelo a “caminhar juntos”.

“Valorizar o exemplo e a experiência de quem se dedica ao serviço do próximo permite que nos disponhamos a repensar o nosso modo de vida, as nossas relações, a organização das nossas sociedades e, sobretudo, o sentido da nossa existência”, aponta. “Sobretudo, permite-nos redescobrir a importância de nos sentirmos chamados a participar nestes diálogos de amizade social, porque a pandemia também nos lembrou que precisamos uns dos outros, que ninguém se salva sozinho”.

Francisco defende a valorização das diferenças, para que todos possam caminhar juntos e aprender com elas.

“No diálogo com o outro, seja qual for a sua origem, poderemos abrir janelas, recuperar horizontes e encontrar criativamente a melhor forma de viver juntos”, precisa.

Entre os autores está o argentino Adolfo Pérez Esquivel, Nobel da Paz de 1980, para quem “apesar dos males que afligem o planeta, persiste a capacidade e a esperança de encontrar caminhos para construir um mundo mais justo e fraterno”.

O livro tem contributos do cardeal libanês Béchara Boutros Raï, do patriarca arménio Aram I, D. Oscar Ojea (presidente da Conferência Episcopal Argentina), Noam Chomsky, Leonardo Boff responsáveis islâmicos e judaicos, filósofos, políticos e académicos.

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