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Papa: estamos muito preocupados com ataques contra os judeus em todo o mundo

© Lusa

O Papa Francisco condenou o “terrível aumento” dos ataques contra judeus em todo o mundo e o aumento do antissemitismo e do antijudaísmo desde 07 de outubro, dia em que se iniciou a guerra entre Israel e o Hamas.

“Nós, católicos, juntamente com vocês, estamos muito preocupados com o terrível aumento dos ataques contra os judeus em todo o mundo”, escreve o Papa numa carta dirigida aos “irmãos e irmãs judeus em Israel” e tornada pública hoje pelo Vaticano.

Francisco salienta que os católicos “condenam inequivocamente” as manifestações de ódio face aos judeus e ao judaísmo, classificando-as como “um pecado contra Deus”.

O líder da Igreja Católica assumiu ter o “coração dilacerado com o que está a acontecer na Terra Santa”, reforçando que o mundo inteiro olha com apreensão e dor e expressa “especial proximidade e carinho para com as pessoas” daquela região.

“Abraço cada um de vocês e especialmente aqueles que estão consumidos pela angústia, pela dor, pelo medo e até pela raiva”, referiu. 

Dizendo que reza para que “Deus intervenha e acabe com a guerra e o ódio” que coloca em perigo o mundo, Francisco diz esperar que a paz prevaleça. 

Na sua opinião, judeus e católicos devem na Terra Santa trabalhar pela paz e pela justiça, fazendo todo o possível para criar relações capazes de abrir novos horizontes. 

O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita, matando 1.140 pessoas, na maioria civis, e levando mais de 200 reféns, segundo números oficiais de Telavive.

Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento islamita palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo as autoridades locais tuteladas pelo Hamas, já foram mortas mais de 27.000 pessoas – na maioria mulheres, crianças e adolescentes.

O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.

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