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Obra de Vieira da Cruz vence prémio em concurso vitivinícola

© DR

O livro “VITI, VINI, VICI”, da autoria do enólogo Thomaz Vieira da Cruz, recebeu em Paris um Prémio no concurso do OIV – Organisme International de la Vigne et du Vin, a referência científica e técnica vitivinícola mundial.

Os OIV-Awards existem desde 1930, são atribuídos todos os anos por um Júri internacional composto por eminentes personalidades do mundo vitivinícola que representam os países membros do OIV, e são um reconhecimento à escala internacional das obras de referência em cada uma das 12 categorias abertas à competição.

Nos OIV-Awards’2023, entre 76 candidatos de 27 países, foram atribuídos 14 Prémios e 8 Menções Especiais, tendo o “VITI, VINI, VICI” ganho o Prémio na categoria Literatura.

O “VITI, VINI, VICI” é uma edição de autor e é definido por este como “um romance-técnico-filosófico em que o protagonista é o vinho, sem ser um livro sobre vinho, mas sim um livro pelo vinho”.

Ao longo de 456 páginas, “o objetivo foi descomplicar o que muitas vezes é apresentado como não simples, desde o sonho de plantar uma vinha e concretização desse sonho, passando por todo o processo vitícola e de vinificação, da planta ao fruto, da uva esmagada em mosto ao rolhar do vinho e guarda da garrafa esperando o momento certo de abrir, até à maior vitória que pode ter uma cepa e os seus cachos de uva: cair no copo do bebedor transformados em vinho, e darem a este satisfação, com naturalidade, sem preconceitos e sem ostentações”, refere a editora.

Na escrita houve, lê-se na mesma nota enviada à nossa redação, “a preocupação de usar uma linguagem acessível a todos, mesmo nos capítulos mais técnicos, cheia de História e de histórias, de modo a poder chegar a todo o público que tenha alguma curiosidade e interesse em tudo o que rodeia o vinho. A mensagem que o autor quis passar foi: o vinho está ao alcance de todos, não apenas de uns narizes ungidos. O vinho é vida, é um dos grandes elos e agregadores civilizacionais, o vinho é Civilização. Viti, vini, vici. Veni, Vidi, Vici”.

Lançado em agosto de 2022, “VITI, VINI, VICI” tem tido uma grande aceitação por parte de quem o lê, estando neste momento na terceira edição. Para o autor, “bastava-lhe um leitor ter gostado do livro para ter valido a pena ter publicado”.

Este prestigiado prémio do OIV, em que a Academia reconhece a valia de um livro deste género, é um motivo de enorme satisfação acrescida: “Sempre defendi, e defendo, que o vinho serve para encher a alma, não para inchar o ego. Mas confesso que neste momento o ego está insuportável”. Segundo Azélina Jaboulet-Vercherre, presidente do Júri dos OIV-Awards, “A maioria dos livros este ano é de alta qualidade, as escolhas foram muito difíceis”. Este foi o discurso de aceitação do autor a 21 de setembro passado em Paris.

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