Na minha prática clínica encontro muitas vezes como grande destruidor do casamento “A PRESSA”.
Sim, a pressa.
Não a pressa de casar, mas sim a pressa no casamento.
Levantam-se com pressa, tomam as refeições com pressa, deitam-se com pressa, passam os fins de semana com pressa, até as férias passam com pressa.
Em vez de ser o casal a controlar o tempo, é o tempo a controlar o casal.
Um dos exercícios que faço com o casal é perceber o que é e o que não é importante, o que é e o que não é urgente, o que é e o que não é natural (de natureza), o que é e o que não é supérfluo/artificial.
Neste pequeno exercício encontramos em conjunto os famosos time wasters, as últimas da hora, a procrastinação, o perfeccionismo, a obsessão, a preguiça, o “complicómetro”, o “pequeno poder”, a desorganização, o caos, a dificuldade de decisão, a sintomatologia depressiva e ansiosa, a falta de motivação, a falta de reforço positivo e negativo, a falta de disciplina, a falta de força de vontade, a falta de auto-exigência, a baixa auto-confiança e auto-estima, a falta de responsabilidade, o locus de controle externo, a falta de criatividade, a inflexibilidade, etc.