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O músico de rua que morreu num banco de jardim do Porto

Alexandre Amorim, um dos mais antigos e carismáticos músicos de rua da cidade do Porto, faleceu na tarde de dia 22, quarta-feira, num banco de jardim da Praça da República da cidade invicta.

Tendo sido protagonista da longa-metragem “Por Detrás da Moeda” de Luís Moya, Alex, como era conhecido, foi um dos fundadores dos “Pippermint Twist”, grupo que nos anos 80 partilhou o top de vendas com os “Xutos & Pontapés”.

O filme “Por Detrás da Moeda”, teve a sua estreia no Fantasporto 2020, a dias do país encerrar abruptamente com a pandemia.  Exibido pela primeira vez com uma estrondosa salva de palmas no Rivoli, com o público todo de pé, o filme “Por Detrás da Moeda” de Luís Moya foi o primeiro filme português a ser distinguido com o Prémio do Público do Fantasporto. 

Acompanhado da sua guitarra, de voz rouca, Alexandre Amorim passa pelo filme e pela cidade como um vento de liberdade e paixão. O filme conta também com nomes como o cantor Nuno Norte e o baixista Miguel Cerqueira, fundador dos “Trabalhadores do Comércio”. Rodado na cidade do Porto, que se ergue como um grandioso cenário, esta longa metragem é um tributo à cidade do Porto a aos músicos das suas ruas.

Alex, tem no filme de Luís Moya, uma marcante e emotiva presença no ecrã. De sorriso rasgado, humilde, genuíno, cria uma forte relação com os espetadores, despertando empatia e emoção. 

A sinopse do filme anunciava a dureza da vida de músico de rua – “Das ruas para os palcos, da ribalta para as ruas. Almas que buscam alimento, corpos que procuram sustento, mas no final apenas a música sobrevive”. A memória de Alex viverá sempre neste filme, onde ele continuará livremente a tocar, cantar e sorrir.

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