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Não cair na esparrela

Num momento em que se dá crédito a “profissionais de guerra” que nem um vídeo sabem analisar e que propagam teorias de complot. E em que se partilha propaganda russa e de extrema-direita como se fosse conteúdo neutro.

Podemos pelo menos ter atenção a estas regras.

A primeira é primordial e muitas vezes basta fazer uma busca on-line rápida para tentar saber *quem* fala, qual é o seu nível de “neutralidade”, quais são as suas redes, etc. Não significa que a pessoa esteja errada, mas é pelo menos importante saber *quem* fala.

Por detrás de imagens, de textos, etc. estão pessoas, não é porque nos confortam nas nossas certezas que são fiáveis.

A tentação de fazer parte do grupo restrito de pessoas iluminadas pela graça da verdade, porque “a mim ninguém me engana”, “eles não nos dizem tudo, mas eu sei”, etc. é muitas vezes uma armadilha.

Os detetives do sofá pela verdade não procuram saber a realidade, procuram confirmações às suas certezas pouco importam as fontes, pouco importa até se há vidas em jogo.

Ninguém está imune a isto, mas já temos instrumentos suficientes para tentar não cair na esparrela.

Luísa Semedo

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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