A pequena aldeia de Barrenta, pertencente ao concelho de Porto de Mós e localizada em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, ganhou um novo ânimo com a chegada dos emigrantes.

Tiago Martins, um português nascido em Paris, deu asas à imaginação e, já em 2020, em pleno período de confinamento, teve a ideia de regressar à terra dos seus pais para lhe dar “uma nova cor”.

Foi assim que surgiu a “Aldeia Artística“, uma iniciativa que pretende expor permanentemente obras de artistas das mais variadas áreas e nacionalidades.

Aquele povoado, que conta com “cerca de 40 habitantes todo o ano”, mas cujo número aumenta exponencialmente durante os meses de verão, é conhecido como “aldeia das concertinas”, não fosse o numeroso Grupo de Concertinas da Barrenta que há anos anima grande parte das festividades mais próximas.

Em entrevista ao BOM DIA, Tiago Martins explicou que o projeto “Aldeia Artística” está em claro crescimento. Este ano conseguiu angariar obras de países como Rússia, EUA, Canadá, França, Espanha e Alemanha, e procurou artistas que as replicassem pelos cantos e recantos da Barrenta.

A maior obra deste verão tem cerca de 10 metros de largura e foi levada a cabo por Filipe, um jovem ilustrador de Évora que integrou no seu mural o clássico instrumento musical.

A poucos metros de distância encontravam-me os mentores do projeto “Aldeia Pintada“, na Batalha, que davam continuidade à sua arte através da pintura de uma das várias cabras que espalharam pela Barrenta.

Ao BOM DIA, também os moradores daquela aldeia se mostraram recetivos, tendo, inclusivamente, acompanhado de perto grande parte das obras que ao longo dos últimos dias foram colocadas.

Também ao nosso jornal, o lusodescendente garantiu que esta iniciativa é para continuar, e já tem planos para a terceira edição. “O objetivo é que todos os anos as pessoas queiram ver o que há de novo na Barrenta. Para o ano, vai haver novidades”, vincou.

Recorde-se que Tiago Martins, que esteve presente no evento Portugal+, em Paris, doou este fim de semana ao Museu Municipal de Porto de Mós um conjunto de artefactos relacionados com a presença das tropas portuguesas em França durante a Primeira Guerra Mundial.

Veja em baixo a entrevista completa:

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