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Governo prevê morte de portugueses na Venezuela por falência do sistema de saúde

Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, declarou na passada terça-feira que o Governo português não tem registo de mortes de cidadãos nacionais na Venezuela devido à falência do sistema de saúde naquele país, mas admitiu que possam existir nomes portugueses nessa lista.

“Não temos registo de óbitos de portugueses que nos tenha sido expressamente comunicado, mas, naturalmente, dada a dimensão da população portuguesa que reside na Venezuela, certamente que haverá entre os óbitos alguns que poderiam ter sido evitados se as condições de saúde fossem melhores”, avançou o ministro.

Acompanhado pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e pela secretária de Estado da Saúde, o ministro Santos Silva assistiu, em Lisboa, por videoconferência para os consulados de Portugal de Caracas e Valência, à assinatura de Carta Compromisso para a prestação de cuidados de saúde à comunidade portuguesa na Venezuela.

Este é um projeto financiado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e consiste numa parceria com três entidades do movimento associativo luso-venezuelano: Centro Português de Caracas, Associação Civil Amigos de Nossa Senhora de Fátima e Casa Portuguesa do Estado Aragua.

A gratuitidade das consultas médicas e a realização de determinados exames complementares de diagnóstico são duas das vertentes da Carta de Compromisso, que será acompanhada pela Embaixada de Portugal em Caracas e pelos consulados-gerais na capital venezuelana e em Valência.

O ministro lamentou a degradação da saúde na Venezuela e frisou que o executivo nacional tem dado “apoio consular, médico, social e sanitário” à comunidade portuguesa, estimada em cerca de 300.000 portugueses e lusodescendentes.

Ao ser questionado sobre o custo deste projeto, Augusto Santos Silva disse que “vai custar o que for preciso”, enquanto José Luís Carneiro, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, realçou que, “no conjunto de todos os apoios que o Estado tem disponibilizado, quer em Portugal, quer na Venezuela, já ultrapassa em muito os 20 milhões de euros disponibilizados em apoio às várias necessidades dos portugueses na Venezuela”.

No entanto, para que os portugueses possam beneficiar deste apoio, “é necessário que recorram ao movimento associativo português na Venezuela”, podendo também dirigir-se aos consulados-gerais, adiantou José Luís Carneiro. No âmbito do projeto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e o da Saúde, vão continuar a disponibilizar medicamentos a portugueses ou lusodescendentes na Venezuela.

 

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