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Emblemáticas lojas alemãs com prateleiras vazias

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Queijos, frutas, produtos congelados: há escassez para quem compra, há angústia existencial para quem vende. Cerca de 25% das prateleiras vazias. Sem qualquer pacote de leite até ao fim-de-semana seguinte. Faltam queijos, frutas e produtos congelados.

Esta é a descrição do que se passa nas lojas Rewe Hoffmann, na Alemanha.

“A situação é catastrófica”, resume a gerente Dana Hoffmann, no jornal Handelsblatt, que refere que esta proprietária está numa angústia existencial.

A Rewe Hoffmann arrisca-se transformar numa das (mas não única) maiores perdedoras da disputa entre sindicatos e empresas retalhistas. Num conflito que já começou na Primavera deste ano, os trabalhadores exigem aumentos salariais até 13%. E, no mínimo, exigem receber mais 400 euros por mês.

Há greves em armazéns centrais e noutros pontos de logística do sector. Por isso, há atrasos e falhas nas entregas.

Há dificuldades, problemas de escassez, em diversos supermercados alemães, que têm cada vez mais prateleiras vazias. Sobretudo os mais pequenos, que têm menor capacidade de armazenamento e, por isso, têm de fazer encomendas mais regulares (que agora não chegam).

Há casos em que as lojas colocam alimentos no lixo porque já não estão próprios para consumo.

E as previsões apontam para um cenário cada vez pior: nas próximas semanas devem desaparecer produtos frescos, como frutas e legumes, carne e salsichas, mas também produtos congelados, cosméticos e papel higiénico

A situação deve piorar na época de maior movimento antes do Natal. Até porque as greves devem ser intensificadas, com consequências mais visíveis, para aumentar a pressão sobre os empregadores.

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