Bruno Fernandes defendeu em entrevista que o lugar na seleção portuguesa está “cada vez mais caro”, face à aposta dos “clubes nas camadas jovens”, mas deseja estar presente no Mundial2030, organizado por Portugal, Espanha e Marrocos.
O jogador do Manchester United, de Inglaterra, um dos mais influentes na seleção comandada por Roberto Martínez, falou sobre a organização ibero-marroquina e não escondeu a vontade de representar a equipa das ‘quinas’ nesse evento.
“Não penso em acabar [carreira], mas o lugar está cada vez mais caro. Cada vez mais, os clubes apostam nas camadas jovens, para que venham mais jogadores [à seleção]. Nessa altura [do Mundial2030] vai estar ainda mais caro, mas, se estiver em condições, e estiver num nível que é o mínimo aceitável para estar aqui, espero estar. Representar a seleção numa grande competição e no próprio país é muito especial. Espero estar presente”, manifestou o médio, em conferência de imprensa.
Na véspera de novo encontro com a Eslováquia, da sétima jornada do Grupo J de qualificação para o Euro2024, Bruno Fernandes, de 29 anos, recordou a vitória tangencial da primeira volta, em Bratislava, onde Portugal sofreu para sair com os três pontos e a baliza inviolável.
“É uma seleção muito intensa, com jogadores de muita qualidade com bola. Sem bola, são organizados defensivamente e é muito difícil de penetrar nos espaços interiores, algo que na seleção utilizamos muito. Foi umas das dificuldades que tivemos lá [em Bratislava]. Eles podem causar problemas no contra ataque, porque na saída de bola correm muito risco a sair a jogar desde trás”, analisou.
Apesar de somar 18 pontos em 18 possíveis na ‘poule’, com 24 golos marcados e zero sofridos, “há sempre coisas a melhorar”, segundo Bruno Fernandes.
“Podemos marcar mais golos e jogar melhor. Fizemos uma exibição competente e séria lá [em Bratislava], mas não ao nível do que queremos. Amanhã [sexta-feira], vamos fazer de tudo para melhorar”, expressou.
Por fim, confessou que os adversários do agrupamento “não são tão fortes no papel”, porém, lembra que “no campo são 11 contra 11 e que o futebol já deu tantas surpresas por ser tão imprevisível”.
Em caso de vitória, Portugal garante automaticamente a qualificação para a fase final do próximo Europeu, que vai decorrer na Alemanha. Na segunda-feira, a seleção nacional joga na Bósnia-Herzegovina, às 19:45 (horas em Lisboa).
Após seis jornadas, a equipa lusa continua totalmente vitoriosa e lidera o Grupo J com 18 pontos, mais cinco do que a Eslováquia, segunda classificada. O Luxemburgo é terceiro, com 10, seguido de Bósnia e Islândia, ambas com seis, e do Liechtenstein, ainda sem pontos.
Além de seis triunfos no mesmo número de partidas, a equipa de Roberto Martínez leva um registo de 24 golos marcados e nenhum sofrido.
Em novembro, Portugal fecha a fase de apuramento com uma deslocação ao Liechtenstein e a receção à Islândia.
Os dois primeiros lugares do agrupamento dão acesso direto à fase final do Euro2024.