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Universidade de Aveiro estuda forma de conter incêndios

© Lusa

A Universidade de Aveiro (UA) através do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) vai coordenar um projeto que tem como objetivo a diminuição do potencial de propagação de incêndios florestais.

Segundo um comunicado da UA, o projeto FoRES, cujo principal objetivo é a promoção da resiliência das áreas florestais às alterações climáticas e incêndios florestais, vai arrancar em outubro e terá uma duração de 18 meses.

“O FoRES destina-se a testar diferentes estratégias de gestão florestal para determinar qual delas maximiza a resiliência das áreas florestais à propagação de incêndios florestais, capacidade de sequestro de CO2 e retenção da humidade do solo”, refere a mesma nota.

A zona de estudo será a Zona de Intervenção Florestal da Lombada, no município de Bragança, com 650 hectares, que faz parte da rede de Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP).

De acordo com a UA, o FoRES também irá contribuir para mitigar a degradação do solo e a desertificação em áreas queimadas, investigando o risco de degradação do solo em cenários de clima e uso do solo futuros, com foco especial na severidade do incêndio, resiliência da vegetação/solo e erosão pós-incêndio, incluindo medidas de estabilização de emergência.

Além do CESAM, o projeto irá envolver investigadores do Departamento de Física, do Departamento de Ambiente e Ordenamento e do Departamento de Biologia da UA.

Os parceiros do projeto incluem o Laboratório Colaborativo para Gestão Integrada da Floresta e do Fogo (ForestWISE) e um parceiro norueguês do “Norwegian Institute of Bioeconomy Research” (NIBIO).

Segundo a UA, este trabalho de investigação terá uma “forte” colaboração entre a academia e os agentes locais e regionais, incluindo a Associação de Produtores Agrícolas Tradicionais e Ambientais (APATA) que gere a AIGP onde decorrerão os trabalhos de campo.

O projeto será financiado através do Programa “Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono” do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu 2014-2021 (EEA Grants).

Portugal continental está em situação de alerta, nível de resposta mais baixo previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, desde segunda-feira e até hoje, devido ao risco de incêndio, depois de ter estado em contingência, nível intermédio, durante sete dias.

Dados provisórios recolhidos até quarta-feira pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) dão conta que se registaram este ano 6.566 incêndios rurais, que provocaram 57.940 hectares de área ardida, 49% em povoamentos florestais, 38% em matos e 13% em área agrícola.

Os dados do ICNF mostram que este ano as chamas já consumiram mais do dobro do que em todo o ano de 2021.

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