De que está à procura ?

Desporto

Morreu o rei do Brasil

O mítico futebolista brasileiro Pelé morreu, esta quinta-feira, aos 82 anos, depois de uma longa batalha contra o cancro no cólon.

O antigo jogador estava internado há um mês no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Edson Arantes do Nascimento nasceu na localidade de Três Corações, em Minas Gerais, a 23 de outubro de 1940. Cresceu no meio da pobreza de Bauru, no interior de São Paulo. O pai admirava Thomas Edison, inventor da lâmpada, e uma gralha na certidão de nascimento transformou o nome do filho. Edson começou a jogar futebol nas ruas, como quase todos os génios brasileiros, e não demorou a perceber-se que o génio da lâmpada não ia deixá-lo ficar muito tempo no anonimato. Reza a lenda que começaram a chamar-lhe Pelé pela dificuldade em dizer o nome de Bilé, um guarda-redes que poucos chegaram a conhecer.

Edson começou por não gostar da alcunha, mas ficou. Os anos seguintes levaram-no ao Santos, a equipa de uma vida, que começou a representar em 1956 e pela qual se sagrou duas vezes vencedor da Taça Libertadores e outras duas campeão mundial de clubes, em 1962 e 1963.

Golos, muitos, e um futebol de encantar, com um arsenal ofensivo completo, indicaram-lhe a rota da seleção brasileira, pela qual se estreou em julho de 1957, aos 16 anos. No ano seguinte, com 17, guiou o escrete à conquista do primeiro Mundial, para alegria de um país que ainda vivia na incredulidade de ter perdido em casa a final de 1950. Numa campanha fulgurante, que aqueceu a Suécia, Pelé começou o caminho para a imortalidade, concluído 12 anos depois, no México 70, para muitos o Mundial mais palpitante de sempre e com o melhor Brasil da história.

Pelo meio, fez um jogo na edição de 1962, no Chile, que teve de abandonar devido a uma lesão. As lesões também o impediram de brilhar na fase final de 1966, com portugueses ao barulho, porque valia tudo para parar o imparável. Pelé ganhou três títulos mundiais pelo Brasil, um feito ainda por igualar.

Pelé foi o mais brilhante jogador da história, que a FIFA reconheceu no ano 2000 como o “Melhor do Século XX”, numa eleição ganha a meias com Diego Maradona, para não ferir suscetibilidades. O astro argentino, falecido em novembro de 2020, terá sido o único que no século passado se aproximou do nível do Rei.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA