A Alemanha, com exceção da Baviera, amanheceu sem transportes públicos, devido à greve convocada pelo sindicato do setor dos serviços ver.di, após várias negociações salariais nos diferentes Estados federados não terem dado resultados.
Em princípio, as paragens desta sexta-feira vão se prolongar do início ao fim do serviço, ou seja, desde das 03h00 da manhã (02h00 em Portugal) até à mesma hora de sábado.
No entanto, no caso de Berlim, a greve durará apenas algumas horas, até às 10h00 (09h00 em Portugal), enquanto algumas empresas de transportes de outras cidades não fazem greve por terem acordos salariais internos.
Entretanto, na Baviera, os transportes públicos locais funcionam normalmente, uma vez que o acordo coletivo de trabalho ainda está em vigor no Estado.
A greve convocada pelo ver.di visa “exercer mais pressão sobre os empregadores”, depois de a negociação colectiva para cerca de 90.000 trabalhadores dos transportes públicos em mais de 130 empresas municipais não ter produzido resultados, explicou a vice-presidente do sindicato, Christine Behle, num comunicado.
“Temos uma escassez dramática de mão-de-obra nos transportes públicos e uma pressão incrível sobre os trabalhadores. Todos os dias são cancelados autocarros e comboios em todas as zonas tarifárias porque não há pessoal suficiente. É urgente fazer alguma coisa para aliviar a pressão sobre os trabalhadores”, afirmou.
O Ver.di iniciou a ronda de negociações coletivas no início de dezembro e apresentou reivindicações em cada um dos Estados.
Os diferentes acordos coletivos diferem entre si em muitos aspetos, mas entre as principais reivindicações partilhadas por todos estão a redução do número de horas de trabalho por semana, mais férias, dias de folga adicionais para os trabalhadores por turnos e noturnos, a limitação dos turnos divididos e a redução do tempo não remunerado no serviço de condução.