O vencimento médio subiu 66% ao longo dos últimos 50 anos, mas praticamente estagnou desde 2010. Contudo, o salário médio dos trabalhadores residentes em Portugal só cresceu 3% desde 2010.
Em cinco décadas muita coisa mudou no mercado de trabalho português. O aumento da participação das mulheres, a grande expansão das qualificações da população ativa e a terciarização do emprego em detrimento da Agricultura e da Indústria, estão entre as principais transformações.
Desde 1973, a remuneração média dos profissionais residentes em Portugal teve sempre uma trajetória sempre ascendente, com exceção dos anos da troika.
Contudo, em 2022 a compensação média por trabalhador residente em Portugal, expressa em paridade de poder de compra, situava-se em 74.6% da média da EU.
Nas últimas décadas, a fraca evolução dos salários é gritante quando se tem em conta o enorme aumento das qualificações no país, ao nível da população ativa com Ensino Secundário e Superior. Uma evolução acompanhada por um forte reforço da presença das mulheres no mercado de trabalho e uma profunda alteração sectorial, com os serviços a tornarem-se dominantes.
Nestes últimos anos a economia portuguesa tem mostrado bastante dificuldade em conseguir aumentos de produtividade e esta evolução impede os aumentos de rendimentos e, dentro destes, dos salários. Conseguir ganhos mais expressivos de produtividade é um fator essencial para Portugal.
O que mudou no mercado de trabalho desde 1973:
Mais mulheres, melhores qualificações, reforço do peso dos serviços e aumento da proteção social (subsídios de desemprego, reformas mais condignas, apoios na doença, …), e mais recentemente os fenómenos como a emigração entre os mais qualificados e o crescimento do trabalho remoto.
Jorge M. Fonseca*, Partner
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“Career Change – get prepared for the second round…!”
*Fonte: Jornal Expresso