Califórnia prevê catástrofe com chuva que não para
Mais de 14 milhões de pessoas estão em alerta no Estado norte-americano da Califórnia devido a um fenómeno de precipitação excessiva e potencialmente catastrófica no sul do território, correspondente a quase metade do total anual em três dias.
No domingo, a cidade de Los Angeles teve o seu dia mais chuvoso em quase 20 anos, e em 24 horas caiu a precipitação equivalente a um mês.
O governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, declarou no domingo o estado de emergência em oito condados do sul do território, devido à tempestade de inverno que previsivelmente atingirá recordes de chuva e neve.
O alerta abrange Los Angeles, Orange, Riverside, San Bernardino, San Diego, San Luis Obispo, Santa Barbara e Ventura, condados que foram incluídos na declaração que agiliza a mobilização de recursos e a utilização da Guarda Nacional da Califórnia, no caso de emergências.
Segundo os meteorologistas, o maior perigo advém da trajetória do fenómeno designado como “rio atmosférico” – uma enorme coluna de humidade procedente do Oceano Pacífico – que está a descarregar a sua força sobre uma das regiões mais populosas dos Estados Unidos.
Até agora, registou-se um morto, atingido por uma árvore em queda devido às fortes rajadas de vento, noticiou a estação televisiva norte-americana CNN.
Numa conferência de imprensa, a presidente da câmara de Los Angeles, Karen Bass, afirmou no domingo que a tempestade que afeta a região “é um evento climático grave” e tem “o potencial para ser uma tempestade histórica”, com “ventos fortes, trovoadas e até tornados breves”.
O Serviço Meteorológico Nacional advertiu de que a tempestade poderá atingir recordes “históricos” de precipitação acumulada de mais de 15 centímetros.
Os fortes ventos deixaram no domingo milhares de pessoas sem eletricidade em todo o Estado e houve aluimentos de terra que cobriram as estradas do desfiladeiro dentro e fora de Malibu, indicou o departamento do xerife do condado de Los Angeles.
As autoridades instaram os residentes a preparar-se hoje para mais ruas inundadas nos vales e deslizamentos de terra.