Escrever opinião é como o caminho da morte; o destino: Se não sabemos que daqui a um instante podemos estar mortos, para a opinião não sabemos do que precisamos para que nela possamos dar o melhor escopo.
Nunca sabemos do que precisamos de dentro de nós para esculpirmos os nossos textos. Eu, antigo nestas coisas, costumo dizer que o computador de então era o registo mental, a memória.
Costumo dizer que: agora estamos aqui a falar, ou cruzamo-nos com esta pessoa – pessoas que mal conhecemos ou que tendo algum fio condutor, que mesmo que procedamos como se a não conhecemos, ou até a detestamos, logo, ela morre, e vamos velá-la, vamos ao funeral dela – por mor desta ou daquela relação.
A opinião exige mesmo que saibamos de tudo um pouco, mas o mais e melhor possível. Como um computador, formatamos – registamos ou acumulámos tudo porque a todo o momento precisamos desses elementos.
Também digo muitas vezes que para escrevermos um texto generalizadamente, o mais pequeno possível – o mais sintetizado possível e reduzido, precisamos de saber muito mais: vocabulário, conhecimento, conhecimento-geral, informação e actualização, lexicologia e mais toda a sorte de gramática.
Não é por acaso que a nós, plumitivos de tigela e meia, não ganhamos com estas coisas (embora em jornalismo haja definições para quem escreve neste quadrante…) mas os fazedores de opinião pública e agora os influenciadores ganham bem, porque exige muita dedicação, muita atenção à actualidade, muita preparação, andar sempre no fio da navalha e na crista da onda.
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)