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Alemanha ajuda defesa da Ucrânia com mais 500 milhões

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O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o seu Governo, que decidiu investir 100 mil milhões de euros para modernizar o Exército nacional, são alvos há seis meses de várias críticas, em particular das autoridades ucranianas, pela timidez das suas cedências de armas a Kiev.

A Alemanha vai entregar novas armas no valor de 500 milhões de euros à Ucrânia, parte dos quais em 2023, disse ontem um porta-voz do Governo germânico.

Entre as entregas, destacam-se três sistemas de defesa aérea Iris-T, “uma dúzia de tanques de recuperação, 20 lançadores de foguetes montados carrinhas ‘pick-up’”, além de “munições de precisão e dispositivos antidrone”, detalhou à agência de notícias AFP esse porta-voz.

No total, estas entregas vão atingir um valor de cerca de 500 milhões de euros, indicou, especificando que grande parte será cedida em 2023.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o seu Governo, que decidiu investir 100 mil milhões de euros para modernizar o Exército nacional, são alvos há seis meses de várias críticas, em particular das autoridades ucranianas, pela timidez das suas cedências de armas a Kiev.

Berlim já havia anunciado no início de junho a entrega dos sistemas de defesa aérea Iris-T, desenvolvidos pela fabricante Diehl, para “proteger uma grande cidade inteira contra ataques aéreos russos”, segundo Scholz.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

Na guerra, que hoje entrou no seu 181.º dia, a ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.

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