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Como o surf pode mudar a economia

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Clique para ampliar O município de Aljezur quer dinamizar as potencialidades para a prática do surf, com vista a atenuar a sazonalidade, tendo em conta a importância desde desporto para a economia e promoção dos recursos locais.

“Pretendemos implementar todas as condições para tornar o concelho como uma referência para a prática do surf, porque é uma mais-valia acrescida que faz mexer toda a economia local, contribuindo para combater a sazonalidade”, disse à agência Lusa José Amarelinho, presidente da Câmara de Aljezur.

O concelho tem registado um aumento “muito grande” na afluência de pessoas durante o inverno, nomeadamente de estrangeiros, que procuram as praias para a prática da modalidade.

Segundo o autarca, Portugal tem excelentes condições para acolher a modalidade durante todo ano, defendendo “a realização urgente de um estudo aprofundado sobre a realidade do surf, assim como a necessidade de criar uma estratégia nacional para o mesmo”.

“O mar e as suas ondas não se esgotam nem têm épocas. É preciso explorar este produto, criando uma regulamentação, uma estratégia, equipamentos e infraestruturas, numa aposta concreta e forte”, sustentou José Amarelinho.

O surf tem sido “uma mais-valia enquanto desporto, enquanto produto turístico, enquanto valor económico e financeiro para o Algarve e para o concelho”, observou.

Este desporto começou a ser praticado nas duas últimas décadas nas praias da Arrifana e do Amado, “mas o fenómeno alastrou-se rapidamente às restantes, fazendo com que hoje em todas as praias seja possível a sua prática”.

Em Aljezur existem atualmente 29 escolas e vários campos de surf, espaços criados para albergar os praticantes da modalidade, que oferecem todas as condições a preços considerados atrativos.

As condições naturais que Portugal propicia para a prática deste desporto cada vez mais popular têm sido exploradas, nomeadamente por estrangeiros que acabam por se fixar no país.

O empresário holandês René Helder, proprietário da escola de surf “Atlantic Riders”, na praia da Amoreira, em Aljezur, foi um dos impulsionadores da modalidade naquele concelho, depois de visitar o Algarve pela primeira vez em 2001.

Depois de passar por vários países, entre os quais o Haiti e a Nova Zelândia, encontrou na costa Vicentina as condições que o levaram a fixar-se em Aljezur, tendo em 2006 realizado o primeiro “camp surf” que juntou surfistas de todo o mundo.

“Fiz estudos das condições do mar e vi que tinha tudo para ter sucesso para desenvolver e implementar a modalidade”, disse à agência Lusa o empresário e instrutor de surf, acrescentando que, “a partir daí, foram várias as empresas a fixarem-se na região”.

“Hoje temos praticantes de todo o mundo durante todo o ano e cada vez mais alunos de todas as idades, porque o surf é uma modalidade para todos”, concluiu.

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