O hotel inaugurado este domingo em Penela pelo primeiro-ministro é a primeira unidade hoteleira temática daquele município do distrito de Coimbra, um investimento de 5 ME que mistura o espírito da cultura romana com design contemporâneo.

A nova unidade hoteleira de quatro estrelas, nascida da reabilitação de uma antiga fábrica de papel do século XIX e situada numa quinta de 13 hectares, atravessada pelo rio Dueça – que corre junto ao edifício do hotel – tem quatro pisos, cada um dedicado a um período do império romano.

Ouvido pela agência Lusa, António Maduro, proprietário do HD Duecitânia Design Hotel afirmou que este foi “um sonho” de que não desistiu.

Depois de sete anos à procura de um espaço, a que se somou o processo burocrático e administrativo de projetos e apoios – dos 5 milhões de euros de investimento, dois são assegurados por dinheiros comunitários e um milhão por financiamento bancário – a construção iniciou-se em 2009.

Para além do hotel existe ainda um segundo projeto, que inclui um campo de férias, piscina biológica e um centro de eventos, virado para o mercado empresarial, a situar “completamente virado a sul, encastrado na montanha”, numa encosta da quinta.

“Há perspetivas animadoras de que as coisas vão andar, se não for em três [anos] é em cinco, se não for em cinco é em dez. As coisas estão preparadas para ir avançando a pouco e pouco e, se não for eu, haverá filhos e netos para o fazer” sublinhou António Maduro, professor universitário e antropólogo.

“Eu sou de origem camponesa e um camponês não pensa [nas coisas] para ele, aos 90 anos é capaz de ir plantar uma árvore, por isso não está preocupado”, adiantou

A abertura do hotel de 42 quartos, localizado em Ponte de Espinhal, com vista para a sede de concelho, resultou na criação de 15 postos de trabalho diretos e os proprietários – António Maduro e a mulher – esperam 7.700 dormidas anuais, 70 por cento oriundas do mercado nacional.