Na impossibilidade da páscoa
que os nossos comuns mortais
– aqueles que já pereceram –
não podem ter
como têm as divindades,
vimos com força mental
e cérebros bem irrigados
lembrar que não nos esquecem.
Que estas datas católico-cristãs
se para mais nada servirem,
e pouco servem,
que sirvam para homenagearmos as memórias
daqueles que pereceram,
mas de modo mais injusto,
sem que as suas datas finitas
hajam ainda chegado.
E porque temos mais que um músculo
– o coração, um cérebro
o amor que dispensamos a cada um
daqueles que nos pereceram
e aqueles que conhecemos
nos foram furtados, antes do tempo
nos mereçam a imensa memória que deles temos.
Mário Adão Magalhães
014/04/18
(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)