Metálica de aspecto, direita
de estática perfeita,
miragem da salsugem,
mexe-se como se vivesse,
como se respirasse e multiplicasse
o céu.
As ondas são rugas que se movem,
correntes, artérias do mar,
as nuvens encrespadas
invejam o firmamento,
envaidecem-se das torrentes a seus pés
mas acabam sempre por apaixonar-se outra vez.
Resta-nos o voo impávido e sem empenho
sobre esse insondável império.
JLC140705
(escrito no céu, a 10.000 metros de altitude, Golfo da Biscaia)
Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.