Estado Islâmico tem células terroristas em Inglaterra, Alemanha e Itália
O director da National Intelligence (DNI) – organismo da dependência do presidente dos Estados Unidos criado para ser uma espécie de gabinete ministerial contra o terrorismo – disse que existem células terroristas ligadas ao auto-proclamado Estado Islâmico ativas em vários países europeus, nomeadamente em Inglaterra, Alemanha e Itália.
Falando numa entrevista ao jornal norte-americano “The Guardian”, James Clapper disse ainda que as células terroristas – em tudo semelhantes àquelas que levaram a cabo os últimos atentados em Bruxelas e Paris – têm usado as movimentações dos refugiados que todos os dias entram na Europa para se infiltrarem no território, noticiou o Económico.
Estas palavras contrastam com a opinião prevalecente na Europa, segundo a qual estas células ativas são maioritariamente formadas por descendentes de imigrantes dos países árabes, já nascidos na Europa e membros de pleno direito dos países onde vivem.
O norte-americano disse ainda que os Europeus têm de gerir aquilo a que chamou “conflito fundamental” entre a segurança nacional e a liberdade de movimento em toda a União Europeia.
Clapper disse que os Estados Unidos estão a ”fazer tudo o que podem” para partilhar informações sobre o EI com os seus homólogos europeus, insistindo na exploração da crise dos imigrantes”: “o EI aproveita a crise de imigrantes na Europa, algo de que os países têm consciência crescente”.
E acrescentou que os incentivos europeus para a promoção da livre circulação de pessoas e bens e da privacidade “conflitua com a responsabilidade que cada país tem em proteger a segurança das suas fronteiras “. Uma tese que, na Europa, tem sido muito contestada, principalmente pelos partidos de esquerda.