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Um português no Canadá: António Couto e a paixão por reconstruir carros antigos

António Couto, um português a residir no Canadá há 57 anos, junto a um Chevrolte de 1930 na sua garagem onde se encontram em exposição diversas "preciosidades", localizada junto ao Little Portugal de Toronto, Canadá. © Sérgio Mourato / 2017 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

António Couto, um português a residir no Canadá há 57 anos, sempre gostou de antiguidades, mas a reforma permitiu-lhe dedicar-se exclusivamente a uma grande paixão: os carros antigos.

“Tenho vários carros. Gosto de os meter como novos. Sempre gostei de carros, mas foi há 12 anos que recomecei tudo novamente e agora estão como novos”, afirmou o luso-canadiano à agência Lusa.  No verão, António Couto participa em diversos espetáculos e exposições de carros antigos, mostrando as suas relíquias e observando outras.

“Os carros são uma das paixões que sempre tive, mas não só, é qualquer outra coisa antiga”, disse António Couto, que ao longo da sua vida tem restaurado antiguidades, colocando-as “como novas”.

Natural de S. Miguel (Açores), António Couto referiu que esta “é uma forma de passar o tempo”, mas não restaura só carros, também “outras antiguidades”.

“Gosto que as coisas fiquem como do tempo original de fabrico, como novas, para as mostrar às pessoas. Tenho carros, e motores antigos, desde 1919”, acrescentou o reformado.

Na sua garagem, localizada junto ao Little Portugal de Toronto, encontram-se em exposição diversas “preciosidades”, e além dos quatro carros – um Chevrolet de 1930, uma carrinha Chevrolet de 1945, um Cadillac Sedan Deville de 1962, um Mustang Fastback de 1968 e um Dunbuggi que construiu em 1973 -, pode encontrar-se uma máquina registadora de 1901.

“Um vizinho tinha-a em casa. Veio em quatro caixas diferentes, e montei a caixa registadora em duas semanas. Agora até trabalha e tudo. Ele até pediu que não contasse ao filho que me deu as peças para a montar”, ironizou.

Durante o seu percurso profissional, António Couto teve vários empregos, desde “cozinheiro, a empregado da companhia canadiana dos caminhos de ferro”, criando ainda uma empresa de produção de vídeos. Agora, com 72 anos, o luso-canadiano disse que apenas quer “aproveitar a vida” na companhia das antiguidades.

“Não preciso de utilizar os carros todos os dias, mas gosto de chegar a um dos carros, meter a chave, ligar o motor, ouvir o barulho, e dar um passeio. A forma como foram construídos, é algo de bonito”, enalteceu. Para já, não pensa vender nenhuma das suas antiguidades, mas já houve quem lhe oferecesse 40 mil dólares canadianos (27 mil euros) por um dos seus veículos.

“Uma pessoa de Wasaga Beach (sul do Ontário) perguntou-me quanto queria pelo Chevrolet de 1930, e disse um número ao acaso, 40 mil dólares. Perguntou-me logo a seguir se queria em dinheiro ou cheque. Mas não quero vender nenhum dos carros”, contou.

Talvez mude de ideias “um dia em que não tenha condições para conduzir” mas até lá vai continuar a receber visitas de amantes de antiguidades para que possam “dar uma volta” com ele nos carros.

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