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Por mim podiam casar um com o outro

Um dia há bastante tempo houve uma má notícia para Portugal.

O INE tinha divulgado que o desemprego tinha aumentando bastante, muitos portugueses e estrangeiros a residir em Portugal tinham no mês anterior ido para o desemprego.

Lembro-me disso porque fiquei incomodado com o alinhamento das notícias.

Mas nesse mesmo dia, os telejornais da noite preferiram abrir os noticiários com uma má notícia para a seleção de futebol, que o João Pinto, aquele jogador que um dia resolveu dar uma cabeçada num arbitro e hoje é vice-presidente da FPF, se tinha lesionado.

Eu imagino que para muitos, o clube está acima de tudo, que seja a coisa mais importante da vida deles, que seja mais importante que a própria família, do que os amigos, do que o emprego, do que as estatísticas do INE, do que a doença ou da justiça, que seja motivo suficiente para andarem a insultar e à pancada.

Não corroboro mas infelizmente, de tanto que todos nós vemos dia a dia, acabamos por compreender, ou melhor, acharmos que é normal.

Hoje, e num país que necessita de boas notícias, tivemos uma, que a economia tinha crescido fortemente no terceiro trimestre.

Como sabem sou de direita, mas fico contente com estas notícias mesmo que o Governo seja de esquerda, porque direita e esquerda são formas diferentes de decidir o caminho e de como vamos caminhar todos juntos. E se há uma notícia boa para Portugal, é também uma boa notícia para a esquerda, para a direita e para todos os outros que se estão a marimbar para a política.

É uma boa notícia! Mas a vida e a comunicação social, que por acaso acho muito digna em Portugal, às vezes não dão primazia ao que é a essência, o povo gosta de futebol, até para descontrair depois de um dia de trabalho, e a comunicação social dá-lhes futebol.

A comunicação social não tem culpa, tem é audiências a manter, e por isso prefere exaustivamente explorar se Bruno de Carvalho cuspiu ou se deitou vapor para a face do presidente do Arouca.

Por mim podiam fazer as pazes e a seguir casarem-se os dois, pelo menos não se estragavam dois lares.

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