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Enólogos

Eu admiro muito os tipos que ao beberem um copo de vinho, descobrem logo a região onde foi produzido, o ano da colheita, as diversas castas, a entidade produtora, a tipologia do terreno onde a vinha está plantada, e a cor das cuecas do fulano que nos vendeu o vinho.

Para mim essas coisas são milagre ou batota, e ainda para mais eu que nem aprecio vinho e o meu palato é tão fraquinho que nem consigo distinguir uma cerveja Super Bock de outra da marca Sagres e asseguro-vos que gosto imenso de cerveja, tanto que às vezes, aos fins de semana, passa a roçar a obsessão.

Claro que às vezes bebo vinho, mas darem-me um Barca Velha ou um Casal da Eira vendido em pacote pelo Pingo doce, para mim é-me igual, sou uma desgraça nessas coisas e apenas gosto de um vinho chamado Cabeça de Burro, mas os meus amigos enólogos que percebem imenso sobre coisas das uvas e seus derivados, asseguram-me que já não é o que era, que já foi bom, que houve ali um período de menos sucesso e que vai ser difícil recuperar. E claro que eu concordo, não me custa nada concordar com especialistas que sabem sabem que tipo de vinho é aconselhado para acompanhar uma perdiz.

Sou tão parolo, oh pá, não percebo nada de vinhos, e não consigo distinguir um Moscatel de um Fabaios, nem faço a mínima ideia do que é a Touriga Nacional. Também não entendo porque é que o pessoal dos vinhos detesta o Casal Garcia, “Pelo menos três garrafas por dia”, conforme diz o lema.

Numa vida próxima, talvez eu venha a nascer dentro de uma família que sejam especialistas em pinga, porque o meu pai compra daqueles pacotes de cinco litros, e no fundo do pacote tem uma torneira e acho que a marca se chama Pias. É que bebes aquilo e nem pias.

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