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Empresas portuguesas querem alargar negócios no México a novos setores

Cerca de 30 empresas participam em três missões ao México, até outubro de 2018, para mostrar a inovação nacional e estabelecer negócios em novos setores como o agroalimentar, reciclagem ou máquinas industriais, no âmbito do projeto “Portugal Connect”.

O projeto, que vai na terceira edição, foi lançado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Mexicana (CCILM) e tem como objetivo aproximar as empresas portuguesas do mercado do México.

Depois das tecnologias de informação e do setor automóvel, as novas apostas para conquistar o mercado mexicano passam pela maquinaria industrial para o tratamento de superfícies metálicas, pela reciclagem de metais e pela área agroalimentar.

“Temos um leque de 32 empresas, de vários setores industriais e empresariais, interessadas em integrar o projeto, umas que pretendem iniciar e outras continuar a ligação ao mercado mexicano”, afirmou à agência Lusa Miguel Gomes da Costa, presidente da CCILM.

A primeira missão empresarial, que junta oito empresas com projetos para o mercado mexicano, parte no domingo. Até outubro de 2018 realizar-se-ão mais duas missões até àquele país.

Algumas destas empresas já estão instaladas em mercados latino-americanos

A empresa de tecnologias de informação Bizdocs, por exemplo, já fornece o Banco da Colômbia, enquanto a Ricardo & Barbosa (máquinas industriais de alta precisão para a indústria automóvel, eletrónica e aeronáutica) e a IT Peers (softwares de gestão BAM – Business Activity Monitoring – e de proteção de dados) já trabalham no México.

“O Portugal Connect foi determinante para a nossa entrada com sucesso no mercado mexicano. Desde a participação em importantes feiras do setor, à organização de visitas comerciais a clientes e parceiros de referência, tudo foi pensado para nos proporcionar as condições ideais para rapidamente começarmos a fazer negócios no México”, afirmou Jorge Duarte, diretor executivo da IT Peers.

A missão integra ainda a Recicla 2000, que se dedica à reciclagem de metais, a Hidráulica CLS (sistemas industriais), a Moldetipo (moldes para o setor automóvel), a Trim NW (tecidos para o setor automóvel) e a Venia Foods (distribuidor de vinhos, azeites, queijos e enchidos).

As empresas desta delegação irão ter programas muito diferentes, de acordo com os seus interesses, distribuindo-se pela Cidade do México, ainda por Monterrey – Saltillo e pela zona de Querétaro – Aguascalientes.

Depois, em março, Portugal recebe a visita dos mexicanos. Trata-se, segundo Miguel Gomes da Costa, de uma “missão inversa” que tem como objetivo “aumentar as trocas comerciais e parcerias entre empresas mexicanas e portuguesas”.

O responsável referiu que, neste momento, “o enquadramento parece mais favorável para as empresas portuguesas” e elencou três razões, estando a primeira relacionada com a ida do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em julho, ao México.

Uma visita que, na sua opinião, reanimou as “relações não só diplomáticas mas também comerciais e empresariais entre os dois países”.

Depois, continuou, “tanto as políticas protecionistas do presidente Donald Trump estão a afastar o México do comércio com os Estados Unidos, como as negociações entre o México e a União Europeia para a atualização do acordo comercial existente irão criar, para os anos seguintes, condições ainda mais atrativas para negócios do que as atuais”.

“Os governantes e empresários mexicanos não se cansam de declarar o seu empenho em fazer mais negócios com a Europa e, muito em particular, com Portugal. As experiências de sucesso das empresas portuguesas que integraram as nossas missões confirmam isso mesmo”, concluiu Miguel Gomes da Costa.

Atualmente, há mais de 100 empresas portuguesas instaladas no México e cerca de 700 empresas exportam bens e serviços para aquele mercado.

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