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A moda das feiras medievais

Em Portugal a TSF contou 40 feiras e outras festas medievais. Cortes e cavaleiros. Torneios e combates. Feiticeiros e magia. Há uma aura especial na Idade Média que a Professora Lurdes Rosa considera ser responsável pela atracção por esta época. “Um grande historiador, George Duby, dizia que a Idade Média era o faroeste da Europa”, lembra a investigadora.

Mas para além do mistério, da magia e da aventura, há outras razões que levam ao fascínio pelo Medievalismo. “As sociedades tecnológicas, individualistas, urbanas precisam de um alterego exactamente oposto: rural, selvático, até. Com imprevistos”, explica Lurdes Rosa, “sem dúvida é um fenómeno de evasão, que tem a ver com a época contemporânea e não com a Idade Média histórica”.

Este fenómeno é cada vez mais global. A historiadora e professora Lurdes Rosa, do Instituto de Estudos Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, lembra que a febre das recriações começou em Inglaterra com os nobres a abrirem as propriedades aos visitantes e hoje estão por todo o lado. E não só através das feiras, ” se formos a pensar na questão das séries televisivas, dos livros e dos jogos de computador, é uma dimensão que nos ultrapassa completamente”.

A Portugal o fenómeno chegou há 23 anos, em Coimbra, estendeu-se a todo o país e assim continua. Com mais ou menos rigor histórico. Até porque “as feiras não são aulas de Historia”, como explica Lurdes Rosa, “o intuito principal é lúdico”. Ainda assim, a historiadora e investigadora diz que nas feiras que acontecem há mais tempo, há uma preocupação com reproduzir o que aconteceu, com especialistas envolvidos na organização.

 

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