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Vinho português do ano é do Dão

O tinto do Dão Vinha Negrosa 2019, elaborado pelo produtor Marcelo Vilela Araújo, venceu esta sexta, no Porto, o prémio de Vinho do Ano da Revista de Vinhos, numa gala que também premiou a enóloga galega Susana Esteban.

“Vinha Negrosa 2019, tinto do Dão elaborado no sopé da Serra da Estrela pelo produtor Marcelo Villela Araújo, mentor dos Textura Wines, com enologia de Luís Seabra e Mariana Salvador, obtido a partir das castas Jaen (50%) e Alfrocheiro (50%) de uma vinha com mais de 30 anos, obteve a distinção ‘Vinho do Ano'”, foi hoje revelado.

A gala da 26.ª edição dos prémios Os Melhores do Ano decorreu hoje na Alfândega do Porto, tendo também premiado como Produtor do Ano a enóloga galega Susana Esteban, “há vários anos radicada em Portugal e que há mais de uma década empreendeu um projeto pessoal no norte do Alentejo”.

“A Blandy´s, insígnia do universo Madeira Wine Company, conceituada pela elaboração de Vinhos Madeira profundamente equilibrados, foi a eleita na categoria Produtor de Vinhos Fortificados do Ano”, foi hoje também revelado na gala.

Já Quinta de San Michel, em Colares (Sintra, distrito de Lisboa), idealizada por Joaquim Camilo e que aposta em castas como a Malvasia de Colares, Galego Dourado ou Ramisco, conquistou a distinção Produtor Revelação do Ano.

“A Quinta da Lixa, quarto maior produtor da região dos Vinhos Verdes ao vinificar 7,4 milhões de garrafas anuais, é Empresa do Ano, enquanto o título de Marca do Ano foi atribuído à Graham’s”, bicentenária marca de Vinho do Porto.

Quanto aos prémios de personalidade, o presidente da Real Companhia Velha, Pedro Silva Reis, que completou 40 anos de carreira, “foi considerado ‘Personalidade do Ano no Vinho’, em “reconhecimento pelo trabalho efetuado na recuperação e projeção contemporânea da empresa fundada a par da Demarcação e Regulamentação da Região Vinhateira do Douro, em 1756”.

Já Rui Sanches, empresário e mentor do grupo de restauração Plateform (restaurantes Alma, Rocco e marca Vitaminas) foi distinguido como Personalidade do Ano na Gastronomia, e Rubens Menin, milionário brasileiro que já investiu 35 milhões de euros no Douro, foi considerado Personalidade do Ano no Brasil.

O enólogo Rui Cunha, colaborador nas regiões do Douro, Trás-os-Montes e Vinhos Verdes, foi considerado o Enólogo do Ano, e Luís Pedro Cândido da Silva foi a Revelação do Ano na enologia.

Na parte gastronómica, Carlos Monteiro, coordenador do serviço de vinhos da Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira (Matosinhos, distrito do Porto), foi o Sommelier do Ano, e a Garcias Wines & Spirits Boutique Comporta a Loja/Garrafeira do Ano.

Já o Enoturismo do Ano foi atribuído à The Vine House, da duriense Quinta de S. Luiz, e a cidade da Guarda foi considerada Destino Gastronómico do Ano.

O prémio de Inovação/Investigação do Ano foi para o Smart Farm Colab, sediado em Torres Vedras (distrito de Lisboa), e o Distribuidor do Ano foi a Viborel.

Já o Näperõn, em Odeceixe (em Aljezur, distrito de Faro), do chefe Hugo Nascimento, ganhou o prémio Restaurante do Ano, e Ana Moura, do restaurante Lamelas, em Porto Covo (em Sines, distrito de Setúbal) foi a Chefe Revelação do Ano, tendo a Sociedade Pescas Pelágicas, de Vila Real de Santo António (distrito de Faro) sido o Produtor Artesanal do Ano.

O Chefe de Cozinha do Ano foi o ‘sushiman’ Paulo Morais, do restaurante Kanazawa, em Lisboa, e o Melhor Serviço de Vinhos foi para o restaurante Kabuki, também em Lisboa, no Four Seasons Hotel Ritz.

A Revista de Vinhos atribuiu ainda o prémio Homenagem ao produtor Domingos Alves de Sousa e ao enólogo Peter Bright, tendo também entregado os diplomas aos 30 Vinhos Excelência eleitos pelos provadores da publicação, distinguindo ainda o Soalheiro Alvarinho 2021 como Compra do Ano.

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