Ventura aproveita vitória de Trump para sugerir uma Europa à direita
O líder do Chega enalteceu esta quarta-feira a “grande vitória” de Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, defendendo que, depois de a América ter virado à direita, “a Europa tem de fazer o mesmo”.
“Grande vitória de Donald Trump nos EUA. Contra os interesses do sistema instalado, contra os meios de comunicação social tradicionais, contra o globalismo woke. A América mudou hoje e virou à direita. A Europa tem de fazer o mesmo!”, escreveu André Ventura no X, a rede social propriedade de Elon Musk, um dos elementos da campanha do candidato republicano.
Donald Trump proclamou hoje de madrugada vitória nas eleições presidenciais de terça-feira, que entretanto foi confirmada pelas projeções de vários órgãos de comunicação social.
O ex-Presidente norte-americano, candidato do Partido Republicano, defrontou Kamala Harris, candidata do Partido Democrata e atual vice-presidente dos Estados Unidos da América.
À saída de um encontro do grupo parlamentar do Chega com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa, André Ventura voltou a congratular-se com a “grande vitória” de Donald Trump.
Segundo o presidente do Chega, “Portugal deve manter excelentes relações com os Estados Unidos” e “os europeus têm que deixar de pensar sobre o chapéu da defesa norte-americana” e “têm de construir a sua própria defesa” para enfrentar “nomeadamente a grande ameaça russa”.
Em concreto sobre a guerra na Ucrânia, André Ventura referiu que Donald Trump prometeu “resolver o conflito” e disse esperar “que essa resolução não passe por cortar o apoio à Ucrânia”, mas considerou que a Europa “tem de fazer a sua quota parte” também “no combate ao regime autocrático da Rússia”.
O presidente do Chega salientou que a sua expectativa é contrária à do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que “entendia que a Europa ia ficar pior se Donald Trump vencesse as eleições”.
“Eu entendia que ia ficar melhor. Temos agora quatro anos, felizmente, para ver se vamos ficar melhor ou se vamos ficar ou se vamos ficar pior”, acrescentou.