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Vai ser mais fácil investir em Timor-Leste

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Portugal vai colaborar com o Governo timorense e organizações da sociedade civil para identificar e ajudar a resolver travões no investimento de empresas portuguesas em Timor-Leste, disse à Lusa o secretário de Estado da Internacionalização.

“Timor tem oportunidades próprias e tem oportunidades na região e se se conseguirmos ir limando as dificuldades, criarmos as melhores condições possíveis, genericamente para o investimento estrangeiro e a melhor forma das empresas portuguesas contribuírem para os objetivos de desenvolvimento de Timor, temos uma grande oportunidade de criar um movimento de investimento português”, disse Bernardo Ivo Cruz, no fim da visita a Díli.

“Reforçando o papel das organizações económicas da sociedade civil, as empresas passam a ter um parceiro com quem também podem trabalhar, inclusive para identificar outras oportunidades e ter aqui uma estrutura que pode acolher e ajudar ao acolhimento”, considerou.

Bernardo Ivo Cruz esteve em Timor-Leste no início de uma visita à região, que inclui ainda visitas a Jacarta e a Singapura, marcadas por encontros bilaterais e com empresários locais para intensificar os laços económicos entre os dois países.

“O trabalho começa agora. Identificámos o que podem ser as oportunidades e as dificuldades. Vou contente porque o que fizemos foi trabalhar com as autoridades timorenses na agenda timorense”, disse.

“Não viemos dizer o que achamos que Timor deve fazer, quem manda no país são os timorenses, mas saímos com uma ideia muito clara do que são as prioridades, as dificuldades que podemos encontrar, as soluções para essas dificuldades e como podemos construir mecanismos que apoiam as empresas portuguesas na sua chegada”, afirmou.

Parte do trabalho, explicou, vai ser fazer a ponte entre organizações económicas da sociedade civil timorense e congéneres portuguesas, no intuito de ajudar a reforçar a qualidade de intervenção das primeiras e de encontrar oportunidades para empresas portuguesas.

Neste âmbito, Bernardo Ivo Cruz destacou os diálogos frutíferos com a Câmara de Comércio e Indústria e com a Associação de Mulheres Empresárias de Timor-Leste.

“Vamos trabalhar, com ambas, para com a ajuda das associações empresariais portuguesas que o desejem, ajudar a reforçar a qualidade da intervenção das organizações da sociedade civil em Timor-Leste”, disse, destacando em particular as mulheres empresárias.

“Através das boas práticas das associações portuguesas e no limite do que as empresárias queiram, reforçar o papel da associação, o papel das mulheres empresárias, o reforço dos instrumentos para que as mulheres empreendedoras tenham mais sucesso”, notou.

O secretário de Estado disse que se comprometeu a identificar associações e confederações em Portugal dispostas a trabalhar com as congéneres timorenses, considerando haver essa abertura e disponibilidade entre as entidades portuguesas.

No que toca aos diálogos com o Governo timorense, Bernardo Ivo Cruz esteve com o ministro do Petróleo e Recursos Minerais, com o ministro das Obras Públicas, o ministro coordenador dos Assuntos Económicos e com o ministro do Plano e Ordenamento.

“Foi-nos dito quais são as prioridades do Governo nestas várias áreas e onde Portugal e as empresas portuguesas poderiam ser úteis para a definição e implementação dos objetivos definidos por Timor-Leste”, disse.

Entre as áreas identificadas contam-se, destacou, “a transição para energias renováveis, a formação de quadros técnicos e a identificação do que são os custos de contexto para o investimento estrangeiro em Timor-Leste”.

O objetivo, explicou, é que Portugal colabore com Timor-Leste “para poder identificar travões que têm impedido mais investimento estrangeiro” no país e transmitir o “feedback das empresas portuguesas sobre as dificuldades quando querem investir em Timor”.

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