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Uma app para ajudar mães com bebés doentes

O combate à iliteracia ligada à saúde das jovens mães e o tentar diminuir o acesso recorrente às urgências dos hospitais está na base da criação BebéApp, uma aplicação para telemóvel gratuita lançada pela Associação Vida Norte.

“No âmbito da nossa intervenção percebemos que existiam algumas carências de literacia ligada à saúde das mães que acompanhamos e que frequentemente se dirigiam às urgências por questões associadas à febre, vómitos e diarreia e que poderiam ser precavidas”, explicou à agência Lusa a presidente da associação do Porto, Isabel Pessanha Moreira.

E prosseguiu: “depois, em contacto com vários médicos, percebemos ser também preocupação dos profissionais de saúde o recurso excessivo às urgências, sobrecarregando os serviços e expondo as crianças a outras infeções”.

Dividindo-se entre Porto e Braga, a associação assenta a sua intervenção nas áreas da prevenção, acompanhamento de proximidade, capacitação e autonomia das jovens mães, apoiando atualmente 125, revelou a responsável.

No dia 1 de junho, no âmbito do Dia Mundial da Criança, a Vida Norte lançou esta aplicação para telemóvel que, salientou a presidente, não se destina apenas “às mães e cuidadores apoiados pela associação, mas a toda a gente”.

“Trabalhando nós com mães de filhos muito pequeninos achámos que faria sentido investir numa aplicação que trabalhasse a questão da literacia ligada à saúde”, referiu a presidente de um trabalho que levou “alguns anos a consolidar-se, que obrigou a falar com muitos profissionais de saúde para depois a estruturar e testar junto da população”.

Do trajeto iniciado em 2015 resultou uma ‘app’ em português, mas que pode no futuro “vir a desenvolver-se” uma vez que a Vida Norte apoia jovens mães de vários países a viver em Portugal, admitiu a responsável.

Frisando ser uma aplicação “simples e original”, Isabel Pessanha Moreira revelou que antes do lançamento “foi apresentada a vários especialistas que consideraram ser um projeto inovador” tendo “sido já integrada na “Biblioteca de Literacia em Saúde do Serviço Nacional de Saúde”.

“A recetividade que temos, para já, é da parte dos médicos, que se mostraram entusiasmados, argumentando ser uma ‘app’ que pode ajudar a combater alguns dos problemas que existem”, disse.

A disponibilidade da aplicação “não substitui, contudo, a consulta a um profissional de saúde”, enfatizou a diretora da associação, para quem o recurso ao médico “é uma questão de proteção”.

“Isto é uma orientação para os pais, muitas vezes inexperientes, saberem o que fazer perante certos sinais e sintomas que a criança tem”, acrescentou Isabel Pessanha Moreira sobre uma aplicação pensada para ajudar a interpretar sintomas de febre, vómitos e diarreia em crianças dos zero aos seis anos.

Segundo a associação, a aplicação é compatível com os sistemas operativos Android e, nesta versão, está otimizada para uso nos dispositivos móveis mais comuns.

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