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Um peso e duas medidas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

“Ele propôs me matar”

Fernando Henrique Cardoso (FHC), sobre Bolsonaro

Por que este medo do homúnculo, FHC?

E o Senhor continua se escondendo, por quê?

Tente nos convencer, se for capaz, das suas razões de ficar em cima do muro. E aquela sua tão apregoada postura ética e imparcial em favor dos brasileiros? Pare de se equilibrar na corda bamba, de continuar vendendo uma falsa imagem e, pelo menos uma vez na vida, use as suas boas qualidades de velha raposa para ser o fiel da balança e ajudar o nosso país.

Ou não acha que os brasileiros que lhe confiaram milhões de votos merecem do Senhor, finalmente, pelo menos um único voto de confiança por tê-lo colocado no comando do Brasil?

Tenha a coragem, a decência e a clareza de sair do conforto da retórica e escolher o outro lado: o lado certo.
Que de verborreia e de sedosas argumentações os palácios brasileiros estão cheios.

O açúcar é bom, mas às vezes certas receitas pedem um pouco de acidez para equilibrar o sabor e cair no gosto da maioria.

E, se o Senhor é mesmo tão inteligente, deve saber que, desde as últimas eleições, os adiamentos e arquivamentos de processos envolvendo certos políticos mostram que a maioria está do lado errado, do lado de quem também rouba na balança.

Por que se escuda tanto, FHC?

Quais os seus interesses por trás da sua negligência política e como pessoa pública?

Saia da sua segurança dentro dos ricos e floridos Jardins onde só pouquíssimos privilegiados se escondem.

Se bem que as suas últimas entrevistas, Senhor Fernando, mostram muito mais do que o seu prazer de se esconder por trás das belas palavras, evidenciando a sua conhecida posição de lobo em pele de cordeiro, esperando para dar o bote mas não se indispondo com a vítima.

Vítima de gente “esperta” como o Senhor, e algoz de milhões de eleitores tão burlescos quanto o seu líder e que, principalmente por fanatismo religioso e por outros interesses, inclusive econômicos, banalizaram a moral, arrastando à força para o atoleiro milhões se brasileiros honestos.

Este Bolsonaro não sabe disfarçar, tampouco o sabem os seus seguidores. Na verdade eles nem tentam camuflar a sua condição de lobo ou cachorro da pior espécie. Eles são autênticos: fazem questão de se vangloriar da sua postura animalesca brutal e grosseira.

Que me perdoem os lobos, cachorros e outros canídeos de verdade — que, para a sorte deles, passam ao largo de toda esta imundície em que fomos jogados e na qual, se continuarmos calados, nos afundaremos ainda mais.

Remisson Aniceto

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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