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Tomorrowland, um chamariz para os lusófonos

© DR

O festival belga de música eletrónica Tomorrowland vai, em outubro, voltar a ser realizado no Brasil pela quarta vez, com foco nas mulheres DJ, quando muitos dos participantes do evento na Bélgica são também portugueses e brasileiros.

“Vemos que a música eletrónica está a tornar-se mais popular [entre os lusófonos] e cerca de 400 pessoas do Brasil vêm todos os anos para a Bélgica ao Tomorrowland. Estes são números dos pacotes globais [que incluem bilhete e alojamento], mas também há muitos portugueses, que compram bilhetes normais porque é mais fácil deslocarem-se e encontrarem alojamento”, diz em declarações à agência Lusa a porta-voz e responsável pela comunicação do festival, Debby Wilmsen.

É na cidade belga de Boom, com menos de 20 mil habitantes, que todos os anos desde 2005 se juntam fãs da música eletrónica para ver alguns dos DJ mais conhecidos do mundo, num festival que começou por contar com uma audiência de 10 mil pessoas para, hoje em dia, ter 400 mil participantes distribuídos por dois fins de semana (desta sexta-feira a domingo e de 26 a 28 de julho).

Um total de 800 artistas irá atuar este ano nos 16 palcos ali montados, num complexo que é do tamanho de 63 campos de futebol e requereu 52 dias de montagem, entre os quais os conhecidos DJ Alesso, Armin van Buuren, David Guetta, Dimitri Vegas & Like Mike, Hardwell, Sebastian Ingrosso, Swedish House Mafia e Tiësto, assim como o português Kura (que atua a 27 de julho).

Este que começou por ser um festival familiar é atualmente uma marca de entretenimento global e, em outubro, vai voltar a Itu, em São Paulo, para a quarta edição do Tomorrowland Brasil (juntando-se a festivais igualmente realizados nos Estados Unidos e em França).

“Apostámos no Brasil porque os brasileiros são um povo muito caloroso e que sabe como festejar. Além disso, têm um enorme mercado de música, no qual a música eletrónica está a crescer”, afirma Debby Wilmsen à Lusa.

Na edição deste ano do Tomorrowland Brasil, marcada para 11 a 13 de outubro, está previsto um foco maior “nas mulheres DJ”.

“Se virmos o alinhamento do festival brasileiro, temos mais DJ mulheres do que temos na Bélgica neste momento e é muito bom ver que a cena musical está realmente a entrar na eletrónica”, acrescenta a porta-voz.

Após anteriores edições em 2015, 2016 e 2022, o Tomorrowland Brasil volta então agora a Itu, com os cerca de 180 mil bilhetes a terem esgotado em menos de três horas, sob o mote “Adscendo”, que simboliza o amor e a união compartilhados no festival por pessoas de todo o mundo através da linguagem universal da música.

Atualmente, o grupo Tomorrowland está ativo em oito países diferentes, sendo eles a Bélgica, Brasil, México, Holanda, França, Espanha e Dubai, com o grupo de entretimento a dispor de escritórios na Antuérpia (além de estúdio em Schelle e armazém em Rumst), em Alpe d’Huez (França) e em São Paulo (Brasil) para os seus negócios de eventos e lazer.

O volume de negócios da empresa, 100% flamenga, ascende a cerca de 250 milhões de euros, dispondo de mais de 200 colaboradores permanentes com uma idade média de 30 anos e de 15 mil trabalhadores por dia durante o Tomorrowland da Bélgica.

Por ano, são vendidos cerca de um milhão de bilhetes para todos os festivais e eventos combinados.

Ainda nas declarações à Lusa, Debby Wilmsen garante que o Tomorrowland “nunca mudará o seu alinhamento para ser pop ou indie”, mas admite que a organização também segue as tendências e olha para outros mercados, nomeadamente o asiático, que está agora “a conhecer” este tipo de artistas.

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