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Tinha um segredo

Porque tinha um segredo e palavras airosas
E por que ninguem descobriu o seu segredo
Abriram-lhe o crânio e só  encontraram rosas
Depois a mandaram para um degredo.

Maldade: abrir-lhe a cabeça para saber o segredo
Também a procuraram e prenderam na sepultura 
Mas a poesia libertou-se pois nunca teve medo
E muitos ainda hoje continuam a sua procura.

Mas como é criativa, viaja por todas as fronteiras
Abrange o mundo e todas as rodas da vida
Possui vários estilos, é escrita de várias maneiras
Nasceu no Éden: pois era lida por Adão e Eva sua querida.

Continua a percorrer o globo até ao fim do mundo
Não é casada, nem tampouco tem amantes
Continua inspirada debaixo do céu mais profundo
Sendo versátil, percorre todos os quadrantes.

Tem morada na Vila Poesia de Santa Cruz da Trapa
Na noitinha já está em Díli no longínquo Timor
Quando a declamo minha saudade ela mata
Continua jovem, fresca, e dando muito amor!

Não tendo fronteiras, tampouco tem passaporte
Continua eterna pois já viveu imensas primaveras
Por ser imortal a poesia nunca verá a morte
Amada por todos, vive em múltiplas eras!

José Valgode

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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