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Teresa Bonvalot bate recorde da liga portuguesa de surf

Teresa Bonvalot subiu ao lugar mais alto do pódio no Renault Porto Pro, a segunda etapa da Liga MEO Surf 2018, que se realizou no início de maio. Um gesto que repetiu pela 12.ª vez desde que se estreou na Liga, com apenas 12 anos. Com mais este triunfo a jovem surfista de Cascais, de apenas 18 anos, alcançou o recorde de triunfos na Liga, superando o anterior registo que dividia com Carina Duarte.

A primeira vitória de Teresa Bonvalot na Liga aconteceu em 2013, com apenas 13 anos, e, curiosamente, também na etapa do Porto. Desde então, Teresa venceu mais 11 etapas, a última já este mês em Leça da Palmeira e, pelo meio, ainda conquistou o título de campeã nacional de 2014 e 2015.

A Associação Nacional de Surfistas esteve, assim, 5 minutos à conversa com a nova recordista de vitórias da Liga, que que a este registo ímpar juntou ainda um arranque de temporada que a colocou nos lugares cimeiros do ranking mundial feminino.

Todas as etapas da Liga MEO Surf têm transmissão em direto no canal televisivo MCS Extreme, em www.ligameosurf.pt e no Facebook do MEO, em complemento com as plataformas oficiais da Associação Nacional de Surfistas em www.ansurfistas.com e nas redes sociais @ansurfistas.

A Liga MEO Surf 2018 é uma organização da Associação Nacional de Surfistas e da Fire!, com o patrocínio do MEO, Renault, Allianz Seguros, Somersby, Moche, Rip Curl e das Câmaras Municipais do Porto e Matosinhos, a Fundação PT como parceira ambiental, e o apoio técnico da Federação Portuguesa de Surf.

Quando ganhaste pela primeira vez, há precisamente 5 anos, também no Porto, e somente com 13 anos, esperavas chegar tão rapidamente e de forma tão contundente a este registo?

O meu objetivo, sempre que compito, é dar o melhor e tentar vencer, porque não gosto de perder nem a feijões. O gosto que tenho pela competição é mesmo esse, conseguir dar o meu melhor, treinar e evoluir para cada etapa. Aprendo imenso com as derrotas que tenho e só me dão mais vontade de estar forte e preparada para o evento seguinte. É um pouco isso que tem acontecido.

Dessas 12 vitórias, quatro foram no Porto. É o sítio onde tens vencido mais etapas. Há alguma razão especial para este registo?

Claro que o Porto é especial. É sempre um evento especial para mim. Gosto das ondas do Porto, mas gosto de surfar lá como gosto em Cascais ou noutra parte do país. Tem sido um sítio muito carinhoso comigo.

Em termos gerais, da história do surf nacional, estás a meio caminho das 24 vitórias de Patrícia Lopes, a mais titulada surfista portuguesa de sempre. Com apenas 18 anos, acreditas que podes superar esse registo ímpar ou o teu foco está cada vez mais fora de portas?

Para ser sincera, o meu objetivo no surf não são os números. Tenho um objetivo mais estruturado, que se foca a nível internacional. Não ligo muito a números e recordes de etapas. Estou mais focada na minha carreira internacional.

Na altura em que venceste pela primeira vez o surf feminino nacional era dominado pela Carina Duarte [dividiam o recorde até à etapa deste ano no Porto]. Mas os resultados de surfistas portuguesas a nível internacional eram escassos. Nestes últimos cinco anos isso mudou. É justo dizer que foste uma das grandes responsáveis por este elevar de fasquia no surf feminino nacional?

Não sei, isso fica para opinião de cada pessoa. Quando comecei não havia muitas raparigas da minha idade. Acho que o surf feminino português está a crescer e hoje em dia vemos cada vez mais raparigas a surfar, inclusivamente em campeonatos. Isso é um bom sinal. É sinal que estamos a trabalhar para o lado certo.

Atualmente estás no 10.º posto do ranking mundial. Foi o início de época ideal para te lançares numa candidatura assumida à qualificação para o Women’s World Tour?

Desde que comecei a surfar que tenho o objetivo de me qualificar para o WCT. Penso que esse é o sonho de qualquer surfista e é para isso que trabalho todos os dias. Adoro competir, por isso estou a fazer algo que gosto. A cada dia que passa tento ser melhor e ultrapassar as barreiras que tenho pela frente. Este ano tive um começo de ano razoável, mas ainda falta a segunda metade da época e umas quantas provas importantes. A próxima é em junho [no México] e ainda tenho mais um tempo por cá para treinar e preparar-me para isso.

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