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Software robótico português usado em todo o mundo

Um novo software para robôs colaborativos KUKA (“um dos líderes mundiais de robótica”), desenvolvido na Universidade de Coimbra, já está a ser utilizado em empresas e universidades de todo o mundo, foi esta segunda-feira anunciado.

O novo software – “o primeiro de interface em MATLAB” – para robôs colaborativos KUKA, que foi desenvolvido no Laboratório de Robótica Colaborativa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), “já está a ser utilizado em grandes empresas, como é o caso do grupo BMW, na Alemanha, e em várias universidades de todo o mundo”, afirma a FCTUC, numa nota enviada à agência Lusa.

A KUKA Industrial Robots é um dos líderes mundiais na fabricação de robôs industriais e sistemas de automação.

O ‘Kuka Sunrise Toolbox’, assim batizado pelos autores, é um “software de licença livre e dispõe de mais de 100 funcionalidades, permitindo, por exemplo, o controlo dos movimentos do robô e guiamento manual de precisão”, refere a FCTUC.

“Funcionalidades de matemática e algoritmos avançados estão também disponíveis, nomeadamente para utilização em trabalhos de investigação”, acrescenta a Faculdade.

Mohammad Safeea, o principal investigador deste projeto, cujos resultados foram publicados na IEEE Robotics & Automation Magazine (“revista de referência internacional em robótica”), explica que “este software permite que um utilizador com conhecimentos básicos em robótica possa em poucas horas estar a operar um robô, não sendo necessário conhecimentos avançados e grandes tempos de adaptação ao equipamento”.

“É bom saber que este trabalho de mais de dois anos está a criar um impacto positivo na sociedade”, sublinha, citado pela FCTUC, Mohammad Safeea.

Pedro Neto, responsável pelo Laboratório de Robótica Colaborativa da FCTUC, salienta, por seu lado, que se “pretende que os robôs sejam acessíveis a qualquer pessoa, por isso, este software é um contributo nesse sentido”.

“Este é um ponto-chave ,considerando que os robôs colaborativos trabalham lado a lado com os humanos, por exemplo, em fábricas ou hospitais, e onde a interação com o equipamento é constante e contínua ao longo do dia”, conclui.

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