Saúde: mantemos os mesmos direitos que os residentes em Portugal

“Não vamos limpar listas. Vamos organizar listas”. A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, garante em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Renascença, que os portugueses residentes fora de Portugal vão continuar “exatamente como qualquer outro a ter direito a ir aos nossos centros de saúde e aos nossos hospitais”.
Em entrevista à Renascença e ao jornal Público, a ministra da Saúde falou das medidas que o Governo está a trabalhar para dar um médico de família a cada utente, a medida “mais difícil” do programa.
Ana Paula Martins informou que os emigrantes estarão “numa lista paralela”, o “é bem diferente de serem excluídos”, afirmou a governante. “Falou-se muito, em determinada altura, em limpar listas. Nós não vamos limpar listas, vamos organizar listas. E aqueles que não estão a residir em Portugal continuam exatamente como qualquer outro a ter direito a ir aos nossos centros de saúde e aos nossos hospitais. Há utentes que não residem em Portugal, mas que querem continuar a ter médico de família com quem fazem teleconsulta”, explicou.
“Um emigrante, quando vem a Portugal uma vez ou duas vezes por ano, tem todos os seus direitos acautelados, se não for exatamente com o seu médico de família, porque ele não está naquele dia ou porque já se reformou ou não tem vaga, será com outro médico”, afirmou a ministra da Saúde.
Ana Paula Martins afirmou que alguém que vive fora do país e que só vem cá uma vez por ano, a única coisa que não pode nunca perder, porque são cidadãos portugueses, é o acesso aos cuidados de saúde. Há um tempo, quando se falava nisto, as pessoas diziam: “Ah, mas os emigrantes nunca têm a porta fechada, porque se quiserem vão à urgência do hospital”, mas não pode ser dessa maneira. O emigrante vem, vai ao seu centro de saúde, tem o seu médico de família, e, se não for este, pelas razões que eu já disse, será outro, mas terá, sim, uma resposta.”